O salário mínimo está voltando à moda em países desenvolvidos, para combater a crescente desigualdade de renda e impulsionar o consumo. O governo da Alemanha, maior economia da Europa, aprovou ontem projeto para a criação do mínimo, pelo qual a hora de trabalho passa a ser de pelo menos € 8,50, comparada a quase € 10 na França e no Reino Unido.
A Suíça, um dos países mais ricos do mundo, vai colocar em votação em maio uma iniciativa popular propondo que a hora de trabalho seja fixada em pelo menos 22 francos suíços, o que resulta em um salário mensal de 4 mil francos (US$ 4.526) - o maior salário mínimo do mundo.
Nos Estados Unidos, marcado pela flexibilidade no mercado de trabalho, alguns Estados e cidades como Nova York planejam aumentar o piso da hora de trabalho de U$$ 7 para cerca de US$ 10. No Brasil, o "mínimo-hora" equivale a R$ 3,29 (US$ 2,26).
Os empresários reagem, prevendo que o salário mínimo obrigatório deverá provocar uma redução nos postos de trabalho e mais desemprego. Na Alemanha, 10% das empresas ameaçam demitir.