Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão usando a inteligência artificial para espalhar mentiras, as chamadas fake news, nas redes sociais e confundir a cabeça dos eleitores nas eleições deste ano.
Na semana passada eles espalharam deepfake em grupos de WhattsApp e Telegram usando a imagem da jornalista Renata Vasconcelos, apresentadora do Jornal Nacional, da Rede Globo, para tentar dar credibilidade a mentira de que Bolsonaro estaria à frente nas pesquisas de intenções de voto que são lideradas pelo ex-presidente Lula (PT), segundo todos os institutos de pesquisas do Brasil.
No vídeo, a jornalista parece afirmando que a pesquisa Ipec apontava a liderança de Bolsonaro nas intenções de voto ao Planalto, ultrapassando Lula. Na verdade, o levantamento também mostra Lula com larga vantagem, com 44% das intenções de voto, contra 41% todos os adversários somados, o que significa que pode vencer no 1º turno. É isso que mostram todas as demais pesquisas, entre elas a da Datafolha, Genial/Quaest, e a nova rodada da FSB divulgada nesta segunda-feira (22), entre outros levantamentos.
O que é deep fake
De acordo com o site Tecmundo, deepfake é uma técnica que utiliza recursos de inteligência artificial (IA)para substituir rostos em vídeos e imagens, imitando a voz e distorcendo o conteúdo das falas originais.
O termo é uma mistura das expressões deep learning e fake e significa o emprego da IA para criar uma situação falsa. Segundo o site, usa-se uma subclassificação de IA para definir algoritmos que podem reconhecer padrões com base em um banco de dados.
Não compartilhe
A fundadora da Agência Lupa, especializada em checar a veracidade de conteúdos que circulam na internet, Cristina Tardáguila, orienta a quem receber esse tipo de mensagens: 1) “não compartilhar; 2) denunciar junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (Clique aqui para acessar o sistema de alerta do tribunal).
A Rede Globo, que encomendou a pesquisa original e viu seu principal telejornal ser adulterado, afirmou em nota que notificou o Ipec e fez a denúncia junto ao Sistema de Alerta de Desinformação Contra as Eleições do TSE e também ao Ministério Público Eleitoral (MPE).
Fonte: CUT