A juíza do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Minas Gerais, Wilméia da Costa Benevides, apresentou proposta para o fim da greve dos rodoviários de Belo Horizonte, após reunião com as duas representações sindicais. As categorias devem votar as propostas em assembleia e dar uma resposta à Justiça, no dia 7 de março. Enquanto isso, a paralisação fica suspensa e os rodoviários devem voltar ao trabalho.
Entre as propostas apresentadas pela juíza, está o reajuste linear de 7,26% no salário, no vale-alimentação e em outras formas de remuneração; jornada de 6h20, com acréscimo de uma hora de descanso, a ser fracionada ao longo da jornada; e acréscimo de 15% sobre o salário-base por cada hora em que o motorista dirigir o move (ônibus biarticulado, mais longo do que os ônibus tradicionais). Além disso, a proposta prevê não descontar dos trabalhadores os dias parados, bem como o reconhecimento da legalidade da greve.
A audiência no TRT começou às 17 horas e durou cerca de quatro horas. Nesse período, a juíza Wilméia conversou em separado com cada categoria: três vezes com os representantes dos rodoviários e duas com o sindicato patronal. Participaram do encontro o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros Metropolitanos (Sintram), a Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Minas Gerais (Fettrominas) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de BH e Região (STTRBH).
A paralisação dos rodoviários da capital mineira começou no dia 24, com os rodoviários reivindicando reajuste de 21,5%, vale-alimentação de R$ 450, fim da dupla função – motoristas que também fazem a cobrança das passagens – e jornada de seis horas.