Não existe outra palavra para expressar o sentimento da categoria com a atual gestão da Cemig. As palavras do presidente Mauro Borges de valorização dos trabalhadores, de uma empresa com oportunidades, na prática não passaram de um discurso vazio e que caiu no descrédito dos trabalhadores.
A empresa anunciou na manhã desta terça-feira a convocação de apenas 37 eletricitários classificados no processo de seleção interna. É um número baixíssimo diante dos 468 trabalhadores aprovados que aguardavam ansiosos pela tão falada oportunidade de crescimento profissional.
De novo a própria empresa se contradiz. Durante a negociação do ACT 2015/2016 foi informado que havia a possibilidade de convocar 131 trabalhadores dentre os classificados, mas infelizmente não passou de promessa.
Em fevereiro de 2015 o então superintendente de RH, Wagner Delgado, disse no informativo Energia da Gente que “a seleção interna é uma conquista muito importante para os empregados e para empresa é uma excelente forma de reconhecer o conhecimento das pessoas que constroem os resultados da empresa”. Mais uma vez o que é dito pela gestão da Cemig não pode ser levado a sério.
Um eletricitário que participou do processo expressa toda a sua frustração com a diretoria da Cemig. De acordo com ele, Em 2008 havia praticamente o mesmo número de excedentes para apenas 101 vagas e, na época, a empresa chamou mais 400 excedentes. “Agora a empresa joga um balde de água fria nas nossas expectativas. É decepcionante”, desabafa.
Outro trabalhador denuncia. “Todos os dias chegam contratados sem concurso público e com cargos de nível superior na empresa, sem falar dos assessores ad nutum e nomeações que não param. Para eles não tem restrição orçamentária e nem Ministério Público. Enquanto isso, nós, que dedicamos e, muitas vezes estamos em desvio de função, temos que conviver com a injustiça e indiferença”.
O Sindieletro convoca os trabalhadores a se manterem mobilizados para enfrentar os desafios que a Cemig está nos impondo. O nosso horizonte será de muita luta e resistência para transformar a Cemig em uma empresa de oportunidades.