No comunicado enviado na semana passada, a empresa divulgou as diretrizes para a seleção e mobilidade interna, mas omitiu várias informações importantes para os trabalhadores. A Cemig diz que o processo de mobilidade será realizado até 16 de maio, “associando os interesses dos empregados e as possibilidades da Empresa”, mas não divulga as vagas por gerência disponíveis para transferência.
A empresa também diz que a mobilidade é uma oportunidade do empregado planejar sua carreira de acordo com o seu interesse profissional, mas deixa claro que, assim como acontece no PCR, tudo dependerá da vontade dos gerentes. O boletim traz, com todas as letras, que “a Mobilidade será concretizada se os gerentes envolvidos acordarem com a liberação”. Ou seja: o trabalhador pode até conseguir uma vaga para a mudança de gerência ou de cargo, mas só será transferido se, principalmente, o gerente da área onde atua concordar.
Sobre a seleção interna, a empresa diz que só será realizada após a finalização da mobilidade, que deve ser concluída em fevereiro de 2015. Ou seja, impossível, pelo cronograma proposto pela empresa, concluir a seleção interna em 2014. Mesmo assim ninguém garante que chegando lá, em 2015, não haverá novas protelações.
Até agora o setor de RH não apresentou as perspectivas do número de vagas e cargos para a seleção interna. Já sabemos que se a mobilidade for restrita, vai contribuir para limitar a seleção interna. Os dois processos precisam ser abrangentes para cumprir seus objetivos de possibilitar o planejamento das carreiras.
PLR sem transparência
O valor da PLR de cada empregado continua gerando muitas dúvidas. A Cemig afirmou que vai fazer o pagamento da PLR na folha do dia 29 de abril, mas há vários pontos sem resposta. O trabalhador quer saber o valor que ele vai receber, os resultados das metas de 2013 e quais foram os fundamentos usados para definição das metas de cada gerência, que estão levando a um pagamento diferenciado por área.