Rede elétrica do Amapá explode após Bolsonaro visitar o Estado e ser vaiado



Rede elétrica do Amapá explode após Bolsonaro visitar o Estado e ser vaiado

Depois de 21 dias de apagão causado por um incêndio em um transformador da empresa privada Isolux, a população do Macapá (AP), sofreu no domingo (22) com a chuva mais intensa do ano, que alagou vários pontos da capital e provocou a explosão e curto-circuito na rede elétrica do bairro Brasil Novo, Zona Norte de Macapá.

Indignados com o descaso e a incompetência do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), que não resolveu o problema e demorou 19 dias desde o primeiro apagão para ir ao Estado demonstrar alguma solidariedade, os amapaenses não perdoaram o presidente no último sábado (21), quando ele desfilou na porta de uma carro anunciando a  “solução”, que não chegou, para o problema.

Bolsonaro foi ao Estado para ligar os geradores termoelétricos nas subestações de Santana e Santa Rita, que reestabeleceriam a eletricidade. Mas tudo deu errado.

Testando sua popularidade, o presidente desfilou em carreata com o corpo para fora de um veículo, o que é proibido pelas leis de trânsito do país. Ouviu  vaias e xingamentos como “Fora Bolsonaro!”, “Miliciano”, “ seu merda”, “Filho da p*”.” e “Vai tomar no c*”. Moradores da cidade  também exigiram sua saída da Presidência da República.

Explosões na rede elétrica e fortes chuvas

Horas depois da visita presidencial, na noite deste domingo (22) houve uma explosão e curto-circuito na rede elétrica do bairro Brasil Novo, Zona Norte da capital Macapá, deixando o bairro às escuras. Moradores registraram em vídeo a explosão na rede elétrica. Também há relatos de que o rodízio de energia continua e não funciona nos horários estabelecidos pelo governo.

A desculpa para as novas explosões é a forte chuva que caiu sob a capital. Segundo a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) o problema na rede elétrica foi causado pelo atrito entre dois cabos de alta tensão, devido à ventania.

Em Macapá, casas foram totalmente inundadas, invadidas pela água da chuva e também do esgoto. Em menos de uma hora choveu 74 milímetros enquanto que a previsão do Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis (NHMet) era de 45 milímetros – foi a maior chuva registrada no ano.

Fonte: CUT

item-0
item-1
item-2
item-3