A Eletrobras apresentou um lucro líquido de R$ 13.348 milhões em 2018, superando prejuízo líquido de R$ 1.726 milhões registrado em 2017. O resultado foi o maior apurado pela companhia nos últimos 20 anos. Os principais destaques foram as reversões: do impairment e dos contratos onerosos de Angra III, que somam R$7.243 milhões; do patrimônio líquido negativo de R$ 2.967 milhões, referente à venda das distribuidoras (Cepisa, Ceron, Boa Vista Energia e Eletroacre); e da provisão de R$ 739 milhões, relativa a reclassificação de risco de contingências das distribuidoras já transferidas.
A equipe do governo Temer estimou o valor da estatal em cerca de R$ 12 bilhões. E o governo Bolsonaro já anunciou que quer privatizar a empresa. Não colocou previsão de preço, e, assim, ainda fica valendo o colocado pelo governo Temer.
Outro ponto relevante foi a contabilização da GAG Melhoria das usinas prorrogadas no valor de R$ 517 milhões. A partir de 2019 essa contabilização passará a representar uma receita de R$ 1 bilhão por ano.
O Ebtida gerencial das operações continuadas (Geração e Transmissão) apresentou crescimento de 26%, passando de R$ 6.705 milhões em 2017 para R$ 8.456 milhões em 2018. A relação Dívida Líquida / EBITDA ajustado da companhia atingiu o índice de 3,1, apresentando uma redução sobre o índice de 3,7 em 2017.
Os programas de desligamento de empregados e as medidas de gestão resultaram em uma redução de custo de pessoal de cerca de 18% em relação a 2017.
Análise do 4T18
No quarto trimestre de 2018 (4T18), a Eletrobras apresentou um lucro líquido de R$ 12.073 milhões, enquanto no mesmo período do ano anterior (4T17), a companhia havia apresentado prejuízo líquido de R$ 3.998 milhões. Também contribuiu para o resultado positivo a reversão de provisões para contingências no montante de R$ 1.201 milhões, sendo R$ 563 milhões relativos a provisão para empréstimos compulsórios.
Fonte: FNU/CUT