Realizamos um levantamento de denúncias recentes apresentadas pelo Sindieletro no Chave Geral, mas que até então não tiveram qualquer resposta da Cemig. Agora, o Sindicato cobra, mais uma vez, as resposta. As denúncias foram investigadas? Foram apontados os responsáveis? Quais as medidas e punições foram tomadas? As respostas serão bem-vindas não só para os eletricitários, mas para toda a sociedade mineira, visto que a Cemig é uma empresa pública e deve explicações para o povo.
Encaminhamos as denúncias abaixo à Gerência de Relações com os Participantes (RH/RS), para nos responder sobre quais providências foram tomadas. Estamos aguardando retorno.
Chave Geral 732 (de 16/07 a 22/07/2013):
- O superintendente de Auditoria Interna da Cemig, Eduardo Luiz de Oliveira Ferreira, alterou informação de tempo de trabalho anterior no SAP para escapar de dispensas determinadas aos 55 anos pela diretoria anterior.
CG 758 (26/08 a 1º/09/2014):
- O gerente da SA/SE, Wellington Zakhia Soares, difundiu campanha, pelo e-mail institucional, atacando a candidata Dilma Rousseff. Cometeu crime eleitoral e de injúria, pois usou termos como, terrorista, matadora, traíra.
CG 760 (29/09 a 08/10/2015):
- O superintendente licenciado na época para atuar na campanha eleitoral de Aécio Neves, Lauro Sérgio Vasconcelos David, também usou o e-mail corporativo da Cemig numa montagem de uma falsa revista Veja, com fotos dos candidatos Dilma e Fernando Pimentel, com manchete “Os petistas destruíram a Petrobras, imaginem o que farão com a Cemig?”.
Para piorar, o e-mail teve como destinatário o próprio superintendente de Auditoria Interna da Cemig, Eduardo Luiz de Oliveira Ferreira, e a Mirian Paula Ferreira Rodrigues, que foi do Comitê de Ética da Cemig e hoje é gerente de Compliance.
CG 766 (22/12 a 02/01/2015):
A Procuradoria do Trabalho de Patos de Minas entrou com ação civil pública contra a empreiteira Eletro Santa Clara e a Cemig. O Inquérito foi instaurado com base em denúncia sobre as condições de trabalho e do acidente de trabalho gravíssimo que vitimou o eletricitário Lúcio Nery de Souza, em 11 de abril de 2013. O trabalhador perdeu os dois antebraços e uma perna. Lúcio aguarda até hoje para ter direito a próteses dos membros superiores e inferiores.
CG 770 ( 22/02 a 02/03/2015):
- Eletricitários da Eletro Santa Clara demitidos em 2014 aguardam há mais de um ano a rescisão contratual. A Diretoria de Distribuição e Comercialização (DDC) liberou em 2014, cerca de R$ 900 mil para a Eletro Santa Clara pagar a indenização, mas a empreiteira deu o calote.
- No apagar das luzes em 2014, gestores da Cemig esvaziaram a área de projetos. Recentemente a Cemig concordou com a primarização da atividade dos técnicos de projeto, mas os projetos executados pela terceirizada provocaram grandes prejuízos para a Cemig, são mais de 35.000 projetos atrasados. Vários orçamentos tiveram valores muito inferiores aos realizados, e neste caso, a Cemig paga o pato. Os técnicos levantaram casos absurdos em que o custo superou o orçado em mais de 1000%.
CG 771 (de 03/03 a 09/03/2015):
- Dois acidentes fatais, com Leean Leenyker Silva Ferreira (MG Setel) e Cláudio Gomes da Silva (Engelmig Elétrica).
CG 774 (de 20/05 a 27/05/2015):
- Terceiro acidente fatal na Cemig no ano, Pedro Murilo Santos Batista. Cobramos a nossa participação nas investigações. Qual foi o resultado da análise dos acidentes?
CG 772 (de 09/03 a 16/03/2015):
- No Q14 (Cidade Industrial), a Diretoria da Distribuição e Comercialização (DDC), impôs o desmonte de oficinas de transformadores aéreos, para terceirizar. No local, falta manutenção e testes de religadores e seccionalizadores, de reguladores de tensão, de ferramentas especiais, de transformadores de SE's (alta), entre outros problemas.
CG 773 (de 28/05 a 04/06/2015):
CG 775 (de 02/06 a 08/06/2015):
- Cemig atua na Forluz contra interesse dos participantes. Redução indevida dos juros no Plano B para 5% - diminuindo benefícios dos participantes; aumento dos juros no Plano A para 5,75% - causando deficit e possível prejuízo aos participantes; juros altos nos empréstimos aos participantes; e o caso da UHE Santo Antônio em que a Fundação foi obrigada a entrar no negócio para sustentar a política de aquisição da estatal.
CG 777 (de 16/06 a 22/06/2015):
- Aumento superior a 50% nos salários e verbas para membros do Conselho Administrativo e Fiscal, e assessores ad-nutum (recrutamento amplo), além de instituir pagamento para os suplentes dos conselhos.
- Trabalhadores da TI (Superintendência de Telecomunicações e Informática) denunciam o relacionamento conflituoso da estatal com a Axxiom, Ativas e a Cemig Telecom. O setor está sendo desmontado para favorecer empresas privadas, com enormes prejuízos para a Cemig, e sem obedecer a lei de licitações.
CG 779 (de 29/06 a 06/07/2015):
- Endividamento exagerado, distribuição de dividendos acima do lucro, alavancagem de negócios privados (Light, Renova, Taesa, Axxiom e Aliança) contra os interesses da Cemig.
- Possível perda judicial das usinas Jaguara, São Simão e Miranda, sem que fosse feito o provisionamento.
- Alto endividamento pode impedir a renovação da concessão da Cemig D.
_ Conflito de interesses no acordo de acionistas com Andrade Gutierres, empreiteira participa de consórcio construtor, mas tem informações privilegiadas por participar, junto com a Cemig, do consórcio empreendedor. Cemig adquiriu participação da AG na UHE Santo Antônio, com valores superfaturados livrando a AG de prejuízos.