Queremos a negociação da nossa pauta



Queremos a negociação da nossa pauta

Nesta terça-feira, 22 de maio de 2018, data em que a Cemig completa 66 anos, a categoria eletricitária tinha um novo encontro com a gestão da empresa para negociar as reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras.

A reunião seria com o diretor de Relações Institucionais e Comunicação (DRC), Thiago de Azevedo, a partir das 16 horas, com quem retomaríamos a discussão de pautas como o fechamento de localidades, PDVP e o abono, que representa importante defesa da categoria contra o “golpe da baixa inflação”.

Também cobraríamos, mais uma vez, respostas objetivas para as cerca de 40 pautas já entregues à empresa, cuja negociação se arrasta há meses, num processo desgastante e penoso para todas as partes envolvidas. A gestão da Cemig, no entanto, surpreendeu o Sindieletro e a categoria ao anunciar, ainda nesta manhã, o adiamento da reunião. Junto com essa decisão, veio outra, de conceder a compensação de jornada do dia 1º de junho, atitude interpretada por muitos trabalhadores como o famoso “dar com uma mão, mas tirar com a outra”.

Em primeiro lugar, gostaríamos de destacar que a emenda dos feriados a partir da compensação da jornada estava na pauta de cobranças que seria tratada hoje, na reunião com o DRC.

Para o Sindieletro, portanto, é inadmissível esse tipo de relação, com o eterno jogo de imposições e “permutas” da gestão da empresa. Lembramos que se a Cemig, nesses 66 anos, trilhou um caminho de conquistas e vitórias, tornando-se referência do setor elétrico no país, muito dessa trajetória se deve ao empenho, à capacidade técnica e à dedicação dos eletricitários e eletricitárias de Minas Gerais.

 Ao longo da história, fomos nós, trabalhadores e trabalhadoras, que sempre estivemos a postos para defender a empresa que ajudamos a erguer. Lutamos contra a privatização, contra a distribuição abusiva de dividendos, em defesa das usinas, pelo fim dos privilégios para a alta gestão da Companhia, contra a redução do quadro próprio e pela Primarização, pela qualidade nos empregos e serviços prestados pela defesa da Forluz e Cemig Saúde, enfim, pelo resgate da moralidade e do caráter público da gestão da Cemig idealizada por JK.

Por isso, neste dia 22 de maio, exigimos, acima de qualquer coisa, respeito da gestão da Companhia com os eletricitários e eletricitárias que construíram essa empresa. De quem partiu a decisão de cancelar a reunião de hoje? Do diretor Thiago? Da diretoria da Cemig como um todo? A pauta dos trabalhadores (as) não está colocada sobre uma banca de feira. Ela é a representação legítima dos anseios e reivindicações do conjunto dos trabalhadores!

Como se provou ao longo da história, a nossa categoria é fundamental para a consolidação desta sexagenária empresa, não se dobra frente a qualquer gestão ou governo. Assim foi por 66 anos. E assim será pelos próximos que virão.

 

Parabéns para toda a categoria

eletricitária! Vamos em frente

que a luta continua!

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