Terminou hoje(dia 30) o contrato da ‘Aprontex’ com a Cemig. A empresa contratada para a segurança patrimonial da estatal vai embora sem deixar saudades entre os vigilantes.
Foram dois anos cometendo várias irregularidades, em total desrespeito à CLT e aos trabalhadores. Neste período a empresa foi alvo de inúmeras denúncias por atrasos de pagamento de salários, pela ausência de repasse de valores descontados nos contra cheques para o plano de saúde, vigilantes trabalhando com a autorização para porte de arma vencido, dentre outras irregularidades.
Com muito atraso por parte da gestão da Cemig, a partir de 1º de outubro (amanhã) a Esquadra Vigilância e Segurança armada inicia o contrato com a Cemig, mas isso não significa que todos os problemas estão resolvidos.
Os vigilantes estão apreensivos se vão continuar trabalhando para a nova empresa e em relação às pendências deixadas pela Protex, como, por exemplo, férias vencidas.
Na semana passada correram boatos de que a Esquadra exigia que os vigilantes pedissem demissão para serem posteriormente admitidos pela empresa. Depois surgiram informações de que a Protex é que fazia pressão para que vigilantes pedissem demissão para não pagar multa rescisória de 40% sobre o FGTS.
Teste imoral para demitir
Procurado pelo Chave Geral, o gerente de Relações Sindicais da Cemig, João Lúcio Costa, afirmou que a Cemig está preparada para, se necessário, assumir o acerto, inclusive das férias, dos vigilantes. Ele também informou que a Esquadra vai aplicar um teste psicológico nos vigilantes e apenas os que forem aprovados serão admitidos.
Para o Sindieletro essa história de aplicar teste psicológico em trabalhador após dois anos de sofrimento, com atraso no pagamento de salários e férias está mal contada. Ou a Cemig é conivente ou está patrocinando uma medida imoral para colocar na rua trabalhadores que prestam serviços de vigilância para a empresa há mais de dez anos.