A atual gestão da Cemig e o governador Romeu Zema querem reduzir o custo operacional de qualquer forma para deixar a empresa enxuta e atrativa para a privatização.
É nessa histeria vale tudo, inclusive humilhar os trabalhadores, transformando uma conquista histórica, que só foi possível depois de uma greve de fome e que tinha por principal objetivo reduzir a disparidade entre os maiores e menores salários na empresa, em algo que perpetua e amplia ainda mais as injustiças na Cemig.
A pior proposta de PLR já apresentada pela direção da empresa foi massivamente rejeitada pela categoria nas assembleias convocadas pelo Sindieletro em toda a sua base territorial, realizadas de 10 a 13 de dezembro. A empresa propôs a distribuição de 4% do lucro líquido consolidado totalmente proporcional aos salários, o que beneficia exatamente quem já recebe mais e sufoca os trabalhadores com menor poder aquisitivo.
Mas a perversidade não fica só na forma de distribuição. Pela proposta apresentada, gerentes e superintendentes estarão fora do acordo. A eles, a Cemig concederá mais um privilégio e irá destinar uma verba especial, independentemente do resultado financeiro da empresa. Na prática, esse absurdo que a direção quer implantar é uma afronta, uma tentativa de dividir a categoria ao aplicar a Reforma Trabalhista.
Contrariando a Lei que criou o programa de Participação no Lucro e Resultados, de que as metas pactuadas devem ser de conhecimento e de fácil acompanhamento por parte dos trabalhadores, a Cemig quer a aplicação de metas que os eletricitários não têm a menor possibilidade de acompanhar e ou cumprir.
A rejeição massiva da pior proposta de PLR já apresentada pela direção da Cemig é um aviso claro de que a categoria quer ser valorizada pelo seu esforço, não aceitam as injustiças contidas na proposta.
Cobramos que na reunião marcada para às 13h desta sexta-feira (13), a direção da Cemig esteja aberta ao diálogo e possamos, juntos, construirmos uma proposta de PLR justa e que valorize os eletricitários.
Não Vale privatizar!