Há consenso na categoria eletricitária, entre os que participaram do debate com o Sindieletro, que a proposta de PLR 2023, aprovada na última rodada de assembleias, é muito ruim. Também há o entendimento de que o modelo antidemocrático desta gestão na relação trabalhista, bem como a pressão e assédio dos gerentes, superintendentes e da diretoria indicada pelo governador Romeu Zema, favoreceram este resultado que interessa prioritariamente a gestão privatista.
Todos os artifícios foram utilizados: gerentes aparecendo em locais de trabalho onde não pisam normalmente, para pressionar os trabalhadores; corte de horas dos funcionários que compareciam às assembleias realizadas pelo Sindieletro; e um comunicado ardiloso enviado aos trabalhadores com a clara intenção de interferência no processo democrático e na relação entre sindicato e categoria.
Sobre o comunicado, o Sindieletro venceu na justiça e a empresa teve que retirar o informe e se retratar pelos mesmos canais. Também repudiamos e enviamos ofício à Cemig sobre o corte de horas.
A encenação, intransigência e truculência que presenciamos em mesa se alastra para outros acordos que deveriam ser selados com debate, escuta e respeito aos trabalhadores e às entidades representativas. Infelizmente, percebemos a mesma tendência em relação ao debate sobre os novos planos da Cemig Saúde e à pressão para assinatura do PDVP.
A história da categoria eletricitária da Cemig é forjada na luta. Em outros momentos superamos as adversidades e contradições na relação trabalhista. Vamos dar a volta por cima de novo! O assédio indiscriminado dentro da empresa e o tratamento dos direitos dos trabalhadores por parte da Cemig é uma declaração de guerra!