Proposta abaixo da inflação: greve dos bancários continua



Proposta abaixo da inflação: greve dos bancários continua

O Comando Nacional dos Bancários rejeitou, na mesa de negociação, a nova proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na sexta-feira, 9, em São Paulo. Apesar dos lucros exorbitantes, os bancos propuseram um reajuste de apenas 7% nos salários, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação e creche, e abono de R$ 3,3 mil.

Mais uma vez, o que foi proposto não cobre, sequer, a inflação do período, já que o INPC de agosto fechou em 9,62%. Desta forma, a proposta dos bancos representa perda de 2,39% para cada bancário e bancária. A proposta anterior, apresentada no dia 29 agosto, foi de 6,5% de reajuste e abono de R$ 3 mil e quase não houve mudanças.
O Comando Nacional dos Bancários orienta o fortalecimento da greve. Uma nova rodada de negociação com os bancos foi marcada para a próxima terça-feira, 13, em São Paulo.

Dentre as reivindicações da categoria estão a reposição da inflação do período (9,62%) mais 5% de aumento real, valorização do piso no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança e melhores condições de trabalho. A proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora, assim como a defesa do emprego, também são prioridades.

Só a Luta te Garante

A categoria bancária segue mostrando sua determinação e ampliando a mobilização a cada dia. Na sexta-feira, 9, mais da metade das unidades de trabalho na base do Sindicato tiveram suas atividades paralisadas, chegando a 50,2%.

Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de BH e Região, Eliana Brasil, este é o momento de reforçar a mobilização. “Diante de uma nova proposta que desrespeita os trabalhadores, vamos fortalecer ainda mais nossa greve e mostrar o nosso poder de organização. Exigimos que, na próxima negociação, no dia 13, os bancos apresentem uma proposta decente e respostas para outras reivindicações além das econômicas. Seguimos em luta, com muita unidade e determinação. A participação de bancárias e bancários em nossos atos é fundamental para o fortalecimento do nosso movimento”, afirmou.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região

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