Multinacional alemã teria apresentado ao Cade documentos que atestam aval do Estado para o esquema que começou em 2000, sob a gestão do tucano Mário Covas, para superfaturar licitações do metrô. O então secretário de transportes Cláudio de Senna Frederico nega, mas diz que nunca houve concorrência; caso finalmente começa a ser repercutido por grandes jornais, como a Folha.
O acordo permitiu ampliar em 30% o preço pago em outra licitação para manutenção de trens da CPTM.
O caso finalmente começa a ser repercutido por grandes jornais, como a Folha. Segundo reportagem da publicação, no texto, de fevereiro de 2000, um documento interno aponta que "o fornecimento dos carros [trens] é organizado em um consórcio político'. Então, o preço foi muito alto".
No mês passado, a companhia delatou a existência de um cartel, do qual fazia parte, para compra de equipamento ferroviário, além de construção e manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo e no Distrito Federal.
A formação do cartel para a linha 5 do metrô de São Paulo, de acordo com a Siemens, se deu no ano de 2000, quando o Estado era governado pelo tucano Mário Covas, morto no ano seguinte. O esquema se estendeu ao governo de seu sucessor, Geraldo Alckmin (2001-2006), e ao primeiro ano de José Serra, em 2007.
O então secretário de transportes Cláudio de Senna Frederico nega, mas disse: "Não me lembro de ter acontecido uma licitação, de fato, competitiva".