Encerramos a campanha pelo ACT 2016/2017 repudiando a decisão do governador Pimentel e da gestão da Cemig de não atender a reivindicação de
aumento real linear com a verba de 1,2% do PCR, como foi conquistado no ACT 2015/2016, mas a resposta foi “não”.
Em janeiro e fevereiro deste ano, cobramos da empresa alternativas ao processo de avaliação de desempenho que sempre gerou mais insatisfação do que melhorias no plano, mas as conversas não evoluem.
Também cobramos e negociamos mais 26 pautas de interesse da categoria, dentre elas a transparência nas sindicâncias envolvendo trabalhadores. O formato dos processos internos em vigor, coordenado por AmilcarFillipo, é extremamente policialesco e prova que a gestão de Pimentel não tem apreço pelo trabalhador.
O Sindicato denuncia o excesso de poder das empreiteiras, que tem gerado prejuízos financeiros e afetado a qualidade do serviço prestado. Mas as sindicâncias mostram que os representantes da Cemig preferem questionar trabalhadores do quadro próprio, fazendo vista grossa para as empreiteiras.
O PPP - um direito constitucional do trabalhador, é tratado com descaso. A longa espera pelo documento é fruto do descompromisso da gestão, que não disponibiliza e nem treina trabalhadores para atendera demanda antiga da categoria, sobrecarregando a pequena equipe que atualiza o perfil.
A postura da empresa em relação à PLR é de não negociar. A empresa não reabre as negociações da PLR 2017 (para pagamento em 2018). Além de insistir na distribuição injusta, o montante despencou. A Cemig apresenta metas que não temos condições de acompanhar mensalmente ou que não representam o engajamento dos trabalhadores.
As demissões arbitrárias revelam as promessas vazias do governador Pimentel, que afirmou que não haveria demissão sumária de trabalhadores ao completarem 55 anos de idade.
A terceirização na usina de Irapé demonstra a contradição do diretor da DGT, que garantiu primarização na geração e faz o oposto.
O Concurso Público prometido por Mauro Borges e pelos diretores das Cemig no ano passado, quando fechamos o prédio do edifício Itambé para garantir a continuidade das negociações, não se concretizou. Mesmo que a Cemig dê posse para 400 eletricistas, não haverá primarização a partir deste concurso uma vez que a quantidade de trabalhadores demitidos na gestão Pimentel é quase o triplo de trabalhadores prometidos no concurso.
Os representantes da empresa não têm o direito de usar o termo Primarização, quando na verdade estão diminuindo o quadro próprio da empresa e sendo coniventes com as empreiteiras.
A readaptação, ferramenta construída para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, gera danos à saúde ao ser usada para corte de custo. A Cemig vem retirando eletricitários da área de risco para economizar na periculosidade. Apesar de negociado ano passado, nenhuma solução concreta é realizada.
Várias denúncias de assédio moral também demonstram a dificuldade dessa gestão em estabelecer relações harmoniosas no dia a dia da empresa.
Trabalhadores da Cemig, cedidos para Gasmig, também vivem o drama dessa direção que os deixam órfãos nas políticas de RH.
A irresponsabilidade na gestão da força de trabalho leva eletricitários do quadro próprio, principalmente eletricistas,a trabalharem até 22 dias consecutivos realizando horas extras.
As reestruturações geram mais prejuízos. Há trabalhadores, como eletricistas do plantão, sendo pressionados para adotarem horários diferenciados. E a Cemig ainda tenta culpá-los os trabalhadores pelos equívocos da terceirização e da diminuição do quadro próprio.
Esse não é nosso projeto!
Continuaremos lutando pelos direitos dos trabalhadores e por um governo democrático, transparente e voltado prioritariamente para a categoria eletricitária e a população!