Proibição de transporte fretado para contratados: Insistimos para que a Cemig volte atrás



Proibição de transporte fretado para contratados: Insistimos para que a Cemig volte atrás

 

No início do ano, conseguimos suspender a medida por 90 dias, mas, agora, os trabalhadores foram novamente avisados da proibição

Em janeiro, o Sindieletro conseguiu suspender por 90 dias a decisão da Cemig de proibir os trabalhadores terceirizados de usarem o transporte fretado pela empresa na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Argumentamos que tal decisão é desumana e aumenta os riscos de transmissão do coronavírus porque, sem o transporte da Cemig, os trabalhadores estarão mais expostos em ônibus coletivos. São companheiros que exercem atividades essenciais ao funcionamento da empresa.

A luta para suspender definitivamente a decisão de proibir os terceirizados de utilizarem os ônibus fretados continuou, mais insistente, devido ao cenário da pandemia a partir de fevereiro, que está pior que no ano passado, com números extremamente trágicos de casos confirmados e mortes. E sem que o governo federal faça os devidos e necessários esforços para agilizar a vacinação em massa.

No dia 08 de abril, o Sindieletro encaminhou ofício ao presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho (ACESSE O OFÍCIO AQUI) expondo os riscos e solicitando que a empresa volte atrás na decisão, definitivamente. Mas ainda estamos sem resposta do presidente.

Contudo, uma resposta chegou do gerente de Relações Trabalhistas e Internas (DPR/RT), Brunno Vianna. Nela, percebe-se que a empresa não considerou o lado humano e do horror da pandemia, com média diária de mortes no país em mais de 3 mil.  Ele confirmou que a decisão está tomada, “para a otimização”, mas a Cemig ainda não sabe da data que vai começar a vigorar a proibição.

Vianna lembrou que os trabalhadores recebem vale-transporte e todas as instalações da Cemig, hoje, são atendidas por linhas de ônibus coletivos. Questionado sobre a possibilidade da empresa também cortar o transporte fretado para os trabalhadores próprios, o gerente declarou: “Pode ser que sim”, novamente lembrando que todas as instalações da Cemig são atendidas por linhas de transporte coletivo.

Socorro!!!

Enquanto isso, o desespero e pedido de socorro dos companheiros prejudicados por medida tão desumana vão chegando ao Sindicato. Nesta semana, trabalhadores terceirizados do Anel Rodoviário e da Cidade Industrial procuraram o Sindieletro. Uma das mensagens encaminhadas, enfatizou: Socorro!!!!! Vão proibir os terceirizados de usar o transporte coletivo para a Cidade Industrial e AR. Estamos com os dias contados, até o final do mês, estaremos fora!”.

Além disso, os terceirizados denunciaram que eles estão sendo proibidos de usar os novos crachás verde.

“Seremos expostos no colo da covid nos ônibus lotados do transporte público. A gente vem de longe. Empresa de milhão vai economizar tostão para penalizar os pequeninos”, destacaram. E acrescentaram: É hora de união! Pelo direito de uso do novo crachá verde e dos ônibus especiais fretados pela Cemig! Estamos no mesmo barco, mas fora do transporte da empresa”.

Outro questionamento: “Tem lugar para todos nos ônibus, o preço pago pelos passageiros não vai mudar. Será que nem a pandemia torna a empresa mais humana?”.

Continuamos na luta em defesa dos trabalhadores, do quadro próprio e terceirizados. Insistimos para que a Cemig considere humanamente a questão, que dê suas contribuições para prevenir todos os trabalhadores de transmissão da covid-19, independente se são contratados ou do quadro próprio.  

Fora discriminação, fora desumanidade!

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