Programa Cemig Agro: trabalhadores enfrentam condições precárias dos salários à alimentação
Trabalhadores da Cemig direcionados ao programa Cemig Agro têm enfrentado muitos problemas no seu início da trajetória na empresa. O que deveria ser uma oportunidade incrível se transformou rapidamente em frustração.
A primeira decepção já aparece nos primeiros dias de contratação, quando muitos descobrem que serão alocados no programa Agro. Em apenas três meses, o que parecia um sonho revelou-se um pesadelo, com relatos de grande descontentamento por parte dos trabalhadores.
Os trabalhadores afirmam ter recebido tratamento desrespeitoso por parte de alguns supervisores e técnicos. Há registros de serviços repassados deliberadamente durante o horário de almoço, sem justificativa, violando princípios básicos de relação e respeito com os trabalhadores.
Direitos históricos dos eletricitários estão sendo negados. Em algumas situações, supervisores proibiram a alimentação custeada pela empresa durante viagens e no período de adaptação, quando o trabalhador é transferido de localidade. Veja outros abusos:
- Diferença salarial entre trabalhadores aprovados no mesmo concurso, ocupando os mesmos cargos e funções;
- Escalas de revezamento abusivas, sem aprovação do sindicato;
- Descumprimento de direitos essenciais, como o fornecimento de alimentação em viagens;
- Bases precárias, sem estrutura mínima de trabalho: faltam bebedouros adequados, geladeiras, computadores, mobília e até papel higiênico.
Outro ponto crítico é o risco ao qual esses trabalhadores estão expostos, já que muitas vezes assumem o atendimento a localidades sem supervisão direta, com equipes completamente novas, sendo os únicos representantes da empresa na região.
O Sindieletro tem visitado essas bases e constatado um cenário alarmante: a Cemig está tentando criar uma subclasse de trabalhadores dentro da própria categoria. É abandono, desprezo e ausência total de perspectiva. O que está acontecendo no projeto Cemig Agro é inaceitável!
Por isso, exigimos o fim imediato do tratamento desigual e desrespeitoso aos trabalhadores do programa Cemig Agro: a garantia de todos os direitos historicamente conquistados pela categoria, a implementação de estrutura adequada nas sedes de trabalho e fiscalização rigorosa das condições às quais esses profissionais estão submetidos, priorizando sua dignidade e segurança.
O Sindieletro não vai se calar. Seguimos firmes na defesa de cada trabalhadora e trabalhador!
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