Tratamento isonômico a todo funcionalismo público! Foi sob essa reivindicação que profissionais da educação, representantes de várias partes do estado e sob coordenação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), deram início a greve por tempo indeterminado na rede estadual de ensino.
Na manhã terça-feira (11), a categoria acompanhou a apreciação do Projeto de Lei 1.451/2020 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), proposta encaminhada pelo governador Zema à Assembleia Legislativa, que reajusta a remuneração dos servidores da Segurança Pública. A coordenação-geral do Sindicato reafirmou que os trabalhadores e trabalhadoras em Educação não são contra tal medida, mas reivindica um tratamento isonômico a todos os servidores públicos.
O Projeto foi aprovado e seguiu para votação na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (CFFO), onde o Sindicato marcou presença e reivindicou tratamento isonômico na apresentação de propostas de reajuste salariais. Nas galerias do Plenário da Assembleia Legislativa, durante o período da tarde, a categoria acompanhou os pronunciamentos dos parlamentares e cobrou a defesa da dignidade remunerativa aos profissionais da Educação.
Seguindo em unidade com as lutas da classe trabalhadora, o Sind-UTE/MG integrou a mesa de debate da audiência pública da Comissão de Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, requerida pela deputada estadual, Beatriz Cerqueira (PT/MG), que pautou a situação dos trabalhadores da Petrobras e as consequências da privatização da empresa.
A coordenação-geral do Sindicato destacou a importância da união trabalhista num momento de ataques aos serviços públicos, aos petroleiros e trabalhadoras dos Correios que também estão em greve.
Desde o início do primeiro semestre de 2019, o Sind-UTE/MG apresentou a pauta de reivindicações nas quatro reuniões realizadas com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e nos 11 encontros com a Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG). A direção estadual reivindicou o cumprimento da Lei Estadual 21.710/2015 e da Lei Federal 11.738/2008, que estabelecem o Piso Salarial Profissional Nacional como um direito legal, mas o governo Zema não apresentou nenhuma proposta e ainda deixou milhares de trabalhadores/as sem a quitação integral do 13° de 2019 e com salários parcelados.
Mobilização para o segundo dia de greve
A coordenação-geral do Sindicato ressalta a importância dos trabalhadores e trabalhadoras estarem na luta pelo atendimento à pauta de reivindicações. “O governador não pode, simplesmente, desconsiderar que a Educação está em greve. Precisamos estar mobilizados e mobilizadas em todo o estado para seguirmos em unidade na defesa do Piso Salarial, do emprego e do direito a uma educação pública de qualidade social.”
O Sind-UTE/MG convoca os profissionais da Educação para mais uma atividade de greve no dia 12/2/2020, às 9h, na Assembleia Legislativa. Destaca-se que é essencial a categoria estar presente para manifestar o repúdio à política diferenciada de reajuste estabelecida pelo governador, bem como cobrar de todos os deputados e deputadas presentes uma postura de valorização dos milhares de profissionais que estão há 12 anos na batalha pelo Piso.
Sind Ute MG