Eles pressionam o governo para que abra negociação com os trabalhadores; a categoria está parada desde 21 de maio
Cerca de 200 servidores da rede estadual de educação fecharam o trânsito na MG-010 na manhã desta quarta-feira (4) em frente à Cidade Administrativa, sede do governo de Minas. Eles estão em greve desde o dia 21 de maio e protestam pela abertura de negociação.
Entre as principais reivindicações da categoria estão a implantação do Piso Salarial Nacional em Minas Gerais, o descongelamento da carreira e a instituição de uma mesa de negociação para discutir a situação dos cerca de 70 mil profissionais afetados pela Lei 100/2007, que foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em março deste ano.
Além do protesto na MG-010, outro grupo de educadores permanece ocupando a sede da Superintendência Regional de Ensino, no bairro Santo Antônio, Região Centro-Sul, desde a última segunda-feira (2). Segundo a presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, eles permaneceram lá por tempo indeterminado como forma de pressionar o governo a negociar.
Durante a tarde desta quarta, os servidores vão se encontrar no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) onde realizarão uma reunião para avaliar o movimento. Ainda não foi divulgado se a categoria sairá em passeata pela cidade.
Em nota enviada à imprensa na última segunda-feira, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que adesão ao movimento é pequena e não afetou mais do 0,5% das escolas. Além disso, o governou garantiu que as reivindicações do Sind-UTE não estão de acordo com a realidade da educação mineira e que o Estado paga remuneração superior ao piso para os profissionais da rede estadual de ensino. Afirmou também que, mensalmente, se reúne com representantes da categoria por meio do Comitê de Negociação Sindical (Cones).
No ano passado, os professores montaram acampamento Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador do Estado, por quase dois meses e conquistaram aumento salarial de 5%.