Professores da rede pública de ensino do Distrito Federal, em greve desde 15 de março, saíram às ruas de Brasília na manhã da terça-feira (11), em protesto contra a retirada de direitos promovida pelo gestão estadual de Rodrigo Rollemberg (PSB) e as reformas trabalhistas e da Previdência propostas pelo governo Temer. Cerca de 20 dos professores se acorrentaram às esculturas em frente à Catedral Metropolitana e anunciaram greve de fome.
Outros 4 mil professores, segundo os organizadores da manifestação saíram em passeata até a catedral, onde se reuniram em assembleia geral que definiu pela continuidade do movimento. Os educadores reivindicam reajuste salarial de 18%, aumento do vale-alimentação e pagamento de licenças-prêmio em atraso, além da última parcela do aumento, concedido em 2013, pela gestão anterior do governo estadual.
O Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) se reuniu com representantes do governo Rollemberg, mas o encontro terminou sem acordo. A comissão de negociação dos professores ouviu do Executivo a mesma proposta já rejeitada em duas assembleias anteriores.
A 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, que determinou a volta dos professores às salas no último dia 27, aumentou o valor da multa pela greve e cobrará R$ 400 mil por dia de descumprimento – antes, o valor estipulado era de R$ 100 mil. O Deparmento jurídico do Sinpro-DF já recorreu da decisão e disse que a greve continua normalmente.
De acordo com o diretor do Sinpro Samuel Fernandes, os servidores querem nova rodada de negociações com o governo do Distrito Federal.
Fonte: Rede Brasil Atual