Após dez dias de greve, as professoras e professores do setor privado de ensino em Minas decidiram voltar ao trabalho a partir de sábado (5/5), durante assembleia realizada na sexta-feira (4/5), no Espaço Democrático da Assembleia Legislativa.
A categoria entendeu que conseguiu vencer a queda de braços com os donos de escolas que queriam impor uma série de retrocessos à convenção coletiva no embalo da reforma trabalhista.
O reajuste salarial será pelo INPC, 1,56%, mas os professores conseguiram fixar a homologação de rescisão dentro da Convenção Coletiva de Trabalho (fato inédito, que compunha a já desfigurada CLT) para após o segundo ano de contrato.
Além disso, ficaram garantidas conquistas históricas que os patrões queriam eliminar ou mudar e ainda conquistamos o pagamento dos dias parados e a garantia de não punição dos grevistas, também prevista de forma inédita como cláusula em uma CCT.
Após as mudanças feitas na sexta-feira pelo sindicato patronal, depois da assembleia de seus associados, os professores consideraram o movimento vitorioso, por conseguirem manter seus direitos históricos e alguns avanços.
Segundo Valéria Morato, presidenta do sindicato: “A nossa greve foi vitoriosa. Foi mantida uma convenção coletiva histórica conquistada com muita luta pelos professores. Os professores atenderam ao chamado do sindicato e fizeram um movimento de resistência impondo uma derrota histórica à tentativa de implementação da reforma trabalhista por parte do patronal. Essa greve será referência para todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. A nossa unidade nos fará vencedores!”
Para Gilson Reis, coordenador geral da CONTEE, “A greve dos Professores de Minas encerra com vitória da categoria e derrota dos donos de escola. Manutenção de todos os direitos conquistados. Homologação no Sindicato, que não era prevista em Convenção, reajuste salarial pelo INPC, nenhuma retaliação e punição aos grevistas e uma ampla unidade dos trabalhadores que entraram unidos na greve e saíram unidos e fortalecidos”.
Essa foi considerada uma das maiores greves do setor privado de educação desde a década de 1990 e teve uma característica muito positiva de englobar estudantes e pais/mães no apoio da categoria de professores.
Nenhum direito a menos! Nossos direitos, nossa luta!
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