Trabalhadores em educação da rede estadual de Minas Gerais realizaram, na quarta-feira (26), a primeira Assembleia Estadual do ano, no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. Após a aprovação de calendário de lutas e de estratégias, a categoria realizou ato público no local em que contou com apoio dos movimentos sociais, entidades estudantis e sindicais e do Bloco Minas Sem Censura. Além disso, os professores lançaram a campanha salarial para 2014, com o lema: “Governador, não aceitamos jogo sujo! Exigimos respeito”.
A pauta de reivindicações já foi protocolada junto ao governo, no entanto dois itens aprovados pelos trabalhadores na assembleia estadual serão incluídos no texto: a não utilização da prova de classificação como instrumento de aprovação automática, independente do desempenho do estudante, e a revisão da situação do assistente técnico de educação básica “ATB Financeira”. Além disso, a decisão da categoria é intensificar a pressão ao governo do Estado para que as reivindicações sejam discutidas e atendidas.
Como 2014 é um ano eleitoral, o período para alterações relacionadas à tabela salarial e à carreira é o dia 5 de julho. É necessário considerar também que o período da Copa do Mundo será de recesso na rede estadual.
“Por isso, o nosso prazo para fazer a campanha salarial é o primeiro semestre. Não temos tempo a perder. Começamos a campanha e precisamos fazer uma forte greve nacional, com atividades que deem visibilidade aos problemas vividos na rede estadual. Neste sentido a realização da primeira assembléia estadual ainda em fevereiro foi muito importante. Até a próxima assembleia, o desafio é mobilizar todo o Estado para construirmos um calendário ofensivo que pressione o governo a negociar”, destacou a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira.
Durante a assembleia, os deputados estaduais Rogério Correia, Adelmo Leão, Maria Teresa Lara e Elismar Prado e o deputado federal Weliton Prado manifestaram o compromisso que têm com a luta da categoria. A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede-BH), Andréa Carla Ferreira, também marcou presença e colocou a entidade à disposição da unificação das lutas este ano.
Greve Nacional
O Sind-UTE/MG também reforçou a convocação da CNTE para greve nacional nos dias 17, 18 e 19 de março. Trabalhadores em educação vão parar o Brasil para exigir o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada, investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, votação imediata do Plano Nacional de Educação, destinação de 10% do PIB para a educação pública e contra a proposta dos governadores e o INPC. Em Minas Gerais, segundo o Sind-UTE, a educação vai responder a esse chamado.