Privatização do Metrô de BH já tem data marcada e categoria se mobiliza



Privatização do Metrô de BH já tem data marcada e categoria se mobiliza

Na sexta-feira, 23 de setembro, o governo federal publicou o edital de privatização do metrô de Belo Horizonte. Segundo o edital, o leilão será no dia 22 de dezembro deste ano, há poucos dias de terminar o governo Bolsonaro. Pelo edital o lance mínimo para o leilão deverá ser de R$ 19.324.304,67 (dezenove milhões, trezentos e vinte e quatro mil, trezentos e quatro reais e sessenta e sete centavos), parece muito dinheiro, mas é uma mixaria, considerando que o Estado continuará subsidiando o metrô para manter seu funcionamento e que o patrimônio atual da empresa está avaliado em mais de R$ 750 milhões.

Pelo edital tudo será melhorado, novas estações, ampliação etc. A questão é: se o governo continuará investindo em infraestrutura por que não o faz com o metrô estatal, por que tem que entregá-la a uma empresa privada? O Sindicato tem colocado, desde que começou a aparecer a proposta de privatização, que o metrô cumpre uma função social que está na Constituição Federal, sendo a de possibilitar a mobilidade urbana.

Qual empresário vai querer uma empresa que não dará bilhões em lucro? Nenhum! Se for para não dar altos lucros, os capitalistas preferem colocar o seu dinheiro em especulação financeira através de investimentos nas Bolsas de Valores ou em agiotagem. Mas, o metrô nas mãos de uma empresa privada dará lucros porque deixará de cumprir sua função social, colocando os preços das passagens nas alturas e recebendo ordinariamente subsídios do governo. O povo pagará duas vezes, um diretamente na bilheteria e outro através do uso dos impostos pagos. E ainda, não está no edital qualquer limitação para o preço das passagens.

Os metroviários estão em uma greve parcial, em que foi determinado pela Justiça, a operação de 60% das viagens, mas o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG) vem questionando o modo como a direção da empresa impôs horários que ferem a determinação Judicial, para a entidade, os 60% têm que ser distribuídos equitativamente entre todos os horários.

O  Sindicato iniciou nesta semana diversas assembleias setorizadas e no dia 29 de setembro, próxima quinta-feira, às 17h30, na Estação Central, será realizada uma assembleia geral extraordinária para rediscutir e deliberar sobre novas formas de luta diante da eminente privatização. O Sindicato tentou de todas as formas, pelas vias legais, e continuará a fazê-lo, agora por uma análise aprofundada do Edital do governo e impetrar recursos casa encontre alguma falha no mesmo.

Também, na próxima quinta-feira, às 16h30, na Praça da Estação, será realizado um bananaço, alusão ao valor pelo qual os governos Bolsonaro e Zema entregarão a empresa, com a entrega de bananas aos usuários do metrô e à população. No ato também serão colocadas faixas e adesivos serão entregues para dialogar com a população sobre a necessidade de manter o metrô estatal e pela garantia de emprego dos funcionários concursados da empresa.

Fonte: CUT Minas

 

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