Privatização da Gasmig: vamos à luta em defesa da estatal



Privatização da Gasmig: vamos à luta em defesa da estatal

Apurações da imprensa apontam que a Cemig de fato estuda a privatização da Gasmig. O Jornal Valor Econômico divulgou nesta quarta-feira, 06, que a Cemig voltou a estudar a possibilidade de se desfazer da Gasmig, e a própria empresa de gás admite que há grande interesse de grupos internacionais para a compra.

Fontes ouvidas pelo jornal disseram que faz mais sentido vender a Gasmig do que as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A direção da Cemig não se pronunciou, mas o presidente da Gasmig, Eduardo Andrade, disse que a empresa de gás “é um ativo que interessa a grandes grupos internacionais que enxergam este momento no Brasil como uma grande oportunidade pra fazer negócios”.

A Gasmig vende cerca de 3,1 milhões de gás cúbicos natural diariamente e é uma das dez maiores empresas do mercado de distribuição de gás. Tem grande potencial de crescimento no setor, atendendo atualmente cerca de sete mil clientes. A meta é atender de 19 a 80 mil até 2018.

Em 2015 o lucro da Gasmig foi de R$ 117,07 milhões. As receitas líquidas foram de R$ 1,332 bilhão.

Contra a privatização, o Sindieletro fará a defesa da estatal quantas vezes for preciso

O coordenador geral do Sindieletro, Jefferson Silva, destaca que, “vamos brigar contra a privatização, qualquer que seja o governo.

O Sindieletro denuncia que o risco de privatização está embutido no acordo de renegociação das dívidas do Estado proposto pelo governo interino por meio do Projeto de Lei do Plenário 257, que estabelece que a União receberá ativos das estatais em troca de descontos na dívida.

A categoria eletricitária, que se mobilizou para a defesa da Cemig e conseguiu impedir a privatização da empresa e da Copasa, com a assinatura do Projeto de Emenda à Constituição (PEC 50 de 2001) e, mais recentemente, barrou a PEC 68 de 2014 que autorizava a venda da Gasmig, da Cemig D e GT e a Cemig Telecom, deve se preparar para novas batalhas. “Estamos acompanhando atentamente a tramitação do PLP 257 e as reações do governo de Minas. Nossa luta este ano é por nenhum direito a menos e por uma Cemig estatal e forte”, enfatiza Jefferson.

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