Há alguns dias, um forte boato de privatização está rondando os corredores da Gasmig. Os empregados foram surpreendidos com informações divulgadas na mídia alertando para o grande investimento a ser feito no gasoduto do Triângulo Mineiro, que exigirá dos acionistas um aporte muito significativo de recursos.
Alguns dizem que haveria uma reestruturação societária, com a venda de parte das ações da Gasmig que pertencem à Petrobras para outro acionista (que poderia ser uma empresa privada). Outros já afirmam que a parcela das ações da Gasmig supostamente vendida a outra empresa é maior do que a que detém a Petrobras atualmente, o que inclusive mudaria o controle da Gasmig.
E ainda existe um terceiro boato: algumas pessoas supõem a criação de uma Holding que seria controlada por alguma empresa estrangeira que já atua em outras distribuidoras de gás fora do Estado. Ou seja, uma privatização indireta. Recentemente, uma comitiva de empregados da espanhola “Gás Natural Fenosa” visitou as dependências da empresa em Contagem, para conhecer o local e as atividades desenvolvidas, o que fortaleceu ainda mais os boatos.
Movimentação na ALMG
Não bastasse a boataria já espalhada pelos corredores da empresa, a mais nova informação que circula na Assembleia Legislativa de Minas é a costura de um acordo entre partidos para aprovação de uma emenda à constituição do Estado, mudando as condições necessárias para viabilizar a venda da maioria da participação acionária da Gasmig. Alguns deputados dizem ter conhecimento dos termos da negociação, enquanto outros afirmam que o interesse do Estado é a viabilização do gasoduto até uma fábrica de amônia em Uberaba.
Com tantas hipóteses o clima na empresa não poderia estar diferente: incerteza e insegurança diante da impossibilidade de planejar o futuro, conversas de corredor, dúvidas, questionamentos, mal estar, pessoas sem comer, sem dormir. Enfim, desespero.
Será que uma privatização se anuncia nesse cenário? Os gerentes e funcionários cedidos pela Cemig para Gasmig andam de um lado para o outro, conversam entre si pelos cantos, temem o retorno compulsório para Cemig, sem os cargos gerenciais. Os empregados cedidos pela Petrobras já vislumbram uma data de retorno para o próximo mês, mas também sem a confirmação desses fatos.
E a nossa pergunta para Gasmig, Cemig e Petrobras é: Qual é a verdade por trás desses boatos?
Já dizia o velho ditado que onde há fumaça, há fogo.