Em comunicado “Fato relevante” para o mercado, na segunda-feira (1º/08), o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Fabiano Maia Pereira, anunciou que a empresa aprovou a contratação do Banco Itaú BBA S.A. para prestação de assessoria financeira, visando desenvolver e propor um modelo de negócios que viabilize a capitalização da sua controlada, a Gasmig.
Para o Sindieletro, a notícia confirma a intenção da Cemig de vender a Gasmig. Toda a imprensa sabe disso, pois divulgou no início de julho notícias apontando que a Cemig já estaria contratando bancos para preparar a venda de pequenas centrais hidrelétricas e a própria Gasmig, baseando-se em fontes “com conhecimento direto dos planos”.
A decisão de vender ativos, conforme reconhece a própria empresa, é um esforço para reduzir a dívida da estatal. E a solução, na visão empresarial dos gestores da Cemig, é o bota fora dos ativos com a Gasmig à frente para a captação de recursos. Fontes do mercado disseram que a Cemig esperar arrecadar R$ 1,7 bilhão com a privatização da empresa de gás.
Mais uma vez, vamos lutar contra a privatização
O Sindieletro não vai assistir de camarote. De acordo com a PEC 50, uma conquista dos eletricitários no então governo de Itamar Franco, no início dos anos 2000, toda estatal mineira, incluindo Cemig e Gasmig, não pode ser vendida sem três quintos dos votos dos deputados e mediante um referendo popular apontando se o povo mineiro quer ou não quer a privatização. O governo de Minas do PSDB, em 2014, até tentou mudar a lei para vender estatais, com a PEC 68, mas os eletricitários se mobilizaram e impediram.
Agora, vamos com mais força e combatividade para impedir outra tentativa de dilapidar patrimônio dos mineiros.