Enquanto os conselheiros da Cemig Saúde indicados pela gestão Zema na empresa aprovavam as mudanças estatutárias no plano de saúde, na manhã desta quinta-feira (15), eletricitários e eletricitárias ativos e aposentados protestavam. O ato foi realizado em frente ao prédio da Cemig Saúde. Não adiantou as advertências do Sindieletro, da ABCF, da AEA e do Senge-MG sobre a ilegalidade da decisão de alterações estatutárias, tampouco o clamor dos trabalhadores e trabalhadoras ativos e aposentados pela manutenção do plano de saúde como é há décadas.
Na contramão de todos os conselheiros eleitos pela categoria eletricitária da Cemig, os conselheiros indicados pela gestão Zema na Cemig votaram para retirar os aposentados do plano de saúde. O voto de Minerva foi usado para que os conselheiros indicados pela gestão Zema na Cemig conseguissem aprovar as mudanças, num total desrespeito ao contrato do plano de saúde. A gestão Zema agora vai enfrentar a judicialização das alterações estatutárias pois, pelas regras negociadas há anos, no caso de empate em votação do Conselho Deliberativo a proposta deve ser arquivada.
Na quarta-feira (14), o Sindieletro, a ABCF, a AEA e o Senge encaminharam ao presidente do Conselho Deliberativo da Cemig Saúde, Tulio Randazzo Rabelo, uma notificação extrajudicial alertando para ilegalidades na aprovação das contas com o voto de Minerva, mesmo após o Conselho Fiscal indicar o contrário. As entidades destacaram que, caso a representação da gestão Zema insista nas decisões, não restará outra alternativa senão tomar medidas judiciais de ordens civil e criminal para garantir a legalidade e o direito da categoria.
Ato em frente à Cemig Saúde
O ato em defesa da Cemig Saúde contou com a participação do mandato do deputado estadual Betão (PT) e do vereador Bruno Pedralva (PT), que se colocaram à inteira disposição para defender os direitos da categoria eletricitária.
O coordenador-geral do Sindieletro, Emerson Andrada, destacou que o Sindieletro e as entidades ABCF, AEA e Senge estão unidos para garantir o plano de saúde para todos. “O nosso plano de saúde é uma conquista e um direito, não é concessão da Cemig. Foi construído com sangue e suor dos trabalhadores ao longo de décadas. Não entregaremos nosso plano”, afirmou.