Os eletricitários demitidos que ocuparam, do dia 10 ao 19, o saguão da sede da Cemig, em Belo Horizonte, sofreram com a estratégia de guerra da Cemig. Ficaram totalmente isolados pela empresa, que trancou todas as portas de acesso ao local. E pasmem, deixou os eletricitários sem energia elétrica.
Sem direito a banho de sol. A mando do presidente da Cemig, Djalma Morais, cortaram os pontos de energia que usavam para carregar celulares. Ficaram proibidos tomar banho de sol, receber visitas das esposas, pai, mãe e amigos. Ninguém foi bem vindo ao local, a Cemig não deixava. Nem os funcionários que trabalham no prédio poderam ver, nem de longe, os trabalhadores.
O crime dos trabalhadores foi estudar e passar no concurso para Cemig Serviços. E agora lutam em defesa do emprego, já que a Cemig resolveu fechar a estatal Cemig Serviços, demitir todos os concursados e passar todo serviço para as empreiteiras.
O governador Anastasia ficou e continua calado.
Com essas atitudes, a diretoria da Cemig segue comemorando 14 anos consecutivos no Índice Dow Jones de Sustentabilidade e dizem que a determinação da empresa em prosseguir com o crescimento sustentável, direcionado para criação de valor para os seus acionistas, empregados, fornecedores e ao bem-estar da sociedade. A pergunta que não quer calar: o que vale tudo isso para você?