Presidente do Sindágua denuncia privatização como abandono social



Presidente do Sindágua denuncia privatização como abandono social

Em “Plenária contra as privatizações em MG”, recentemente promovida pela “Frente Brasil Popular”, o presidente do SINDÁGUA/MG, Eduardo Pereira, fez uma veemente defesa da Copasa como empresa estatal essencial para garantir a universalização do saneamento e como instrumento de política pública de saúde para toda a população.

O coordenador-geral do Sindieletro, Jefferson Silva, também participou, e defendeu a Cemig como uma estatal com papel fundamental para o bem social, além de ser essencial para o desenvolvimento de Minas. 

Eduardo demarcou as grandes desigualdades entre as populações dos municípios mineiros, comparando Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de cidades como Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima e cidades do Vale do Jequitinhonha, onde o povo pobre ficará excluído de serviços de qualidade com o saneamento sendoexecutado por empresa privada, que prioriza investimentos apenas onde pode alcançar lucros.

Lembrou o grande sacrifício dos trabalhadores na Copanor, subsidiária criada pela Copasa para atuar em regiões pobres, que exercem atividade em condições mínimas para garantir a qualidade dos serviços essenciais para as populações.

O presidente do SINDÁGUA teme que essas populações cheguem a um êxodo para os centros urbanos por falta de cuidados sanitários, mesmo processo que provocou o êxodo rural no passado.

Criticou o novo marco do saneamento, com a sanção do PL 4.162/2019 por Bolsonaro, que tira do poder municipal a condição de realizar contratos de programa e se obriga a realizar licitações, para que as empresas privadas possam ganhar terreno na prestação de um serviço essencial definido constitucionalmente como responsabilidade do Estado. Lembrou que o Brasil caminha na contramão com as privatizações, quando o mundo inteiro procura reestatizar os serviços essenciais de saneamento ambiental. Eduardo Pereira citou Manaus como um dos piores exemplos de condições sanitárias, depois que os serviços foram privatizados há quase 20 anos.

Participaram da plenária, além de Jefferson Silva, outros dirigentes sindicais que lutam contra as privatizações: Liliam Daniela – MTD, Gilberto Cervinski – MAB; e Ana Júlia – Levante Popular.

Fonte: Portal Sindágua-MG

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