A Gasmig, subsidiária da Cemig, também está no olho do furacão para ser privatizada pelo governo Zema. E vem se preparando para isso desde o inicio do ano, em obediência total à proposta do governador Romeu Zema de privatizar as estatais mineiras, entre elas, a Cemig, e suas subsidiárias. A informação de que a Gasmig é preparada para ser vendida foi dada pelo presidente da empresa, Pedro Magalhães, ao jornal O Tempo (coluna Minas S/A), edição do dia 1º de julho, segunda-feira.
Pedro Magalhães é defensor da privatização da Companhia de Gás de Minas Gerais e comemora a abertura do mercado de gás anunciada pelo presidente Bolsonaro. Incrivel é que ele joga por terra a possibildade da Gasmig conquistar mais mercado, com mais investimentos para ampliar suas atividades e se tornar mais competitiva. Pelo contrário, afirma que a empresa não tem condições de bancar a concorrência. Ele diz: "A privatização é uma sobrevivência para a Gasmig. Como eu vou concorrer com a Comgás, com a Ceg e com o mercado livre?"
O presidente da Gasmig diz também que o preço da empresa ficará em torno de R$ 2,7 bilhões. Ano passado a Gasmig obteve lucro líquido de R$ 175 milhões. A cada ano a empresa só vai aumentando o lucro e suas receitas brutas vêm ultrapassando a casa do bilhão. O mercado de gás é garantido e será ampliado se a Companhia investir mais. No caso de Minas, a Gasmig, como a Cemig, tem papel importante no desenvolvimennto do Estado.
Também no caso da Gasmig, para a privatização, é preciso obter três quintos dos votos dos deputados estaduais e realizar referendo popular. O Sindieletro está firme e forte na luta contra a venda de todas as estatais, sobretudo da Cemig, e suas subsidiárias. Já obtivemos apoio de vários parlamentares, inclusive de deputados federais. Estamos nas ruas, estamos no Parlamento.
A resistência da categoria eletricitária é histórica e vai continuar com toda a força nestes tempos de ataques ao patrimônio dos mineiros. Em 2014 a categoria impediu a manobra do então governo do PSDB em Minas de privatizar a Gasmig, por meio da PEC 68, que liberava geral a venda das subsidiárias e até mesmo das estatais do Estado. A luta dos eletricitários e toda a mediação do Sindieletro para convencer os deputados estaduais de que a PEC 68 era totalmente lesiva ao povo mineiro, obtiveram resultado vitorioso: conseguimos impedir a liberação geral da privatização. A PEC 68 foi definitivamente arquivada, graças à força dos eletricitários.