Presidente da Forluz omite informações



Presidente da Forluz omite informações

O presidente da Forluz vem divulgando um vídeo no qual tenta tranquilizar a categoria sobre os novos planos previdenciários, com a afirmação de que não haverá qualquer mudança compulsória que prejudique participantes.
Ele também alega que não haverá perdas para os atuais participantes, e sinaliza que as mudanças valerão apenas para os novatos.

Mas nós, eletricitários, já vimos esse filme antes e não caímos neste papo de retirada de direito só para novatos – o que por si só já seria inaceitável.

Plano C é para todos

Prova de que a Forluz está omitindo a verdade é que a proposta para a contratação de consultoria para reestruturação de planos prevê que a contratada atuará na criação do Plano C (que a Forluz chama de CD puro) e também na elaboração de parecer jurídico que justifique o não oferecimento do plano em vigor para os futuros empregados e o consequente “fechamento” dos Planos A e B.

Para os Planos A e B existentes, espera-se que a consultoria proponha uma bonificação financeira para cobrir alterações e realize um “estudo de aderência a hipóteses atuariais e de convergência da taxa de juros na hipótese de migração da massa de participantes”.

Também será analisada pela consultoria “a possibilidade de contratação de dívida, em caso de eventual déficit, a ser assumido nas reservas individuais de cada participante” para o caso de mudança de um plano para outro e “revisão de minutas de alteração dos regulamentos”.

Alerta

O Sindieletro vem alertando a categoria sobre déficit no Plano A e sobre prejuízos da decisão da Previc de não aceitar a amortização de déficit pela patrocinadora.
Também alertamos que as alterações que foram feitas no Plano B já demonstravam a intenção da empresa de não cumprir compromissos e repassar todos os riscos atuariais para os participantes. Agora, fica claro que o Sindicato nunca fez alarde ou exagerou nas ameaças que rondam os planos, e a realidade se mostra cada vez mais preocupante.

A falta de transparência também já foi denunciada. O Sindicato solicitou, através do grupo de estudos, atas e informações das reuniões dos conselhos, da diretoria e do Comitê de investimentos, mas a diretoria da Fundação se nega a fornecer qualquer informação.

Jogo de cartas marcadas

Sem nenhuma discussão anterior com representantes dos participantes, a Forluz tentou aprovar, em reunião da Diretoria, no dia 9/8, a contratação de um escritório de advocacia sem licitação nem carta convite. O mais incrível é que o tal escritório teria que apresentar todos os pareceres sobre alterações e criação do novo plano até o dia 11/8. O assunto ficou para ser deliberado em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, convocada para a quinta-feira (17). No entanto, por falta de quorum, a reunião não aconteceu – os conselheiros eleitos não compareceram. Tudo indica que os tais pareceres já estão prontos e que só falta fazer os participantes engolirem o prejuízo.

Chamamos a atenção da diretoria da Fundação para que, antes de qualquer decisão, tudo seja discutido com as entidades representativas dos participantes. Não podemos aceitar qualquer mudança sem conhecer a situação real dos planos e as verdadeiras intenções da Forluz e Cemig. Por isso, convocamos toda a categoria a ter unidade nessa luta em defesa dos direitos previdenciários e por transparência na gestão dos planos.

Fazemos um apelo aos representantes eleitos para que só votem sobre esses assuntos após discussão e aprovação dos eletricitários, em assembleias em todo o Estado.

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