Segue a todo vapor a política “zemista” de se desfazer de ativos e de empresas que têm a participação do grupo Cemig. Em comunicado, no dia 26 de março, a Cemig informou que avalia vender sua participação na Taesa – Transmissora Aliança de Energia Elétrica.
A empresa disse, no comunicado, que se desfazer da Taesa faz parte da política de “desinvestimento da sua participação”. A avaliação para se desfazer da Taesa conta com “auxílio de assessores especializados”. E o Conselho de Administração da estatal fará “análises acerca do modelo e da estrutura para o potencial desinvestimento”.
A Cemig se desfaz de suas participações em empresas sem considerar o lucro que elas dão, o que permite reforçar o seu cofre. Com isso, vai se precarizando, preparando a estatal para a privatização.
Segundo o jornal Valor, o lucro da Taesa em 2020 foi de R$ 2,26 bilhões, um aumento de 104,6% em relação a 2019. O mercado avalia que a Taesa vale R$ 12,4 bilhões.
A Cemig pretende levantar cerca de R$ 2,5 bilhões com a venda da sua participação na Taesa.
Posição do Sindieletro
Entendemos que a Cemig desinvestir naquelas empresas que não estão diretamente ligadas ao seu negócio, ou naquelas empresas que dão prejuízo sem cumprir um papel social relevante, está correto. Porém, quando se movimenta para se desfazer de ativos diretamente relacionados à geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia e, ainda por cima, lucrativos, nos parece mais uma estratégia de precarização da empresa como um todo para "justificar" sua privatização.