Precarização da segurança patrimonial nas subestações é pauta antiga...



Precarização da segurança patrimonial nas subestações é pauta antiga...

Há muitos anos, o Sindieletro vem denunciando a fragilização das condições de trabalho dos trabalhadores terceirizados, responsáveis pela segurança patrimonial dos ativos e das instalações da empresa, principalmente nas subestações, algumas localizadas próximas aos centros urbanos. Essas instalações ficam vulneráveis, podendo ser alvo de furtos de equipamentos, cabos elétricos ou até mesmo invadidas para outros fins. O resultado ao longo desses anos de abandono das subestações tem sido maior desproteção dos trabalhadores da segurança patrimonial e dos técnicos mantenedores dessas instalações, além das ocorrências de invasão, delitos e choque elétrico à  população.

Em agosto de 2022, ocorreu na SE Barreiro uma invasão seguida de tentativa de furto. O técnico mantenedor conseguiu agir com agilidade acionando a sirene da subestação e chamando a polícia militar, fazendo com que os invasores fugissem imediatamente. O tema de maior relevância debatida entre os trabalhadores, principalmente da segurança patrimonial, sobre essa condição de falta de proteção dos profissionais e do sistema elétrico, é a reestruturação nos contratos de prestação de serviços,  que substituíram dois vigilantes armados por turno, por um vigia desarmado. No turno noturno é o período de maior vulnerabilidade.

Historicamente, as sucessivas gestões na Cemig nunca responderam aos nossos ofícios solicitando esclarecimentos sobre tal reestruturação e tomada de providências para retomada da dupla de vigilantes armados para esse tipo de atividade. Porém, é notório que essa medida da gestão reduz custos operacionais, uma das estratégias rentistas para maximizar lucro aos especuladores (acionistas). Essa é mais uma identificação da barbaridade da financeirização no mundo do Trabalho. Neste caso específico, vale aos especuladores maximizar seus dividendos em detrimento da vulnerabilidade dos trabalhadores e do sistema elétrico.

O Sindieletro repudia veementemente essa lógica que transforma a Cemig em um grande banco. Não podemos mencioná-los como “investidores”, na verdade são portadores de aplicações financeiras na empresa e que interferem na organização do trabalho como estratégia do “negócio” para saciar a gana de enriquecimento. Nós, trabalhadores, ficamos com a precarização das condições de vida no trabalho. O Sindieletro tem recebido denúncias em relação ao impacto das reestruturações nos processos de trabalho na Cemig. Envie também seu relato para o e-mail: soudonodomeutrabalho@sindieletromg.org.br!

 

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