Um dos braços direitos de Paulo Guedes, o economista Adolfo Sachsida assumiu na quarta (11) o comando do Ministério de Minas e Energia (MME), após a exoneração do almirante Bento Albuquerque. Sachsida assume a pasta na reta final dos planos do governo para privatizar a Eletrobras, uma das maiores prioridades da equipe econômica este ano.
“O ministério tem isso como prioridade. Tenho certeza que o TCU [Tribunal de Contas da União] tem isso [a privatização da Eletrobras] como prioridade”, disse há três semanas durante evento promovido por uma corretora.
“Vender a Eletrobras é uma prioridade para o nosso governo. Temos que insistir na agenda de privatizações e concessões. Agora, além disso, existem alguns desenhos equivocados que foram feitos no passado no mercado de energia. Esse mercado precisa voltar a fazer sentido”, reforçou em entrevista ao Estadão.
Sachsida chega ao comando do MME após a articulação do governo federal assegurar um adiamento menor da tramitação no TCU. Em 20 de abril, a presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministra Ana Arraes, concedeu vistas coletivas de 20 dias ao colegiado para analisar a modelagem no processo de capitalização da Eletrobras.
O próprio governo dava o adiamento como certo e, com o prazo reduzido, conta que será possível liquidar o controle da União na estatal até julho. Foi uma vitória nos planos para garantir a capitalização da Eletrobras ainda neste ano.
Mas há incertezas. Fora do TCU, parlamentares do PT tentam uma liminar na Justiça Federal para paralisar a venda. A ação se baseia na divergência do ministro Vital do Rêgo, que apontou uma subavaliação de R$ 46 bilhões no valor da empresa, em seu voto vencido, em fevereiro.
Fonte: FNU/CUT