Por uma política firme de combate aos assédios moral e sexual na Cemig



Por uma política firme de combate aos assédios moral e sexual na Cemig

Em nossa pauta de reivindicações para a renovação do ACT 2019/2020, os assédios moral e sexual praticados contra eletricitários e eletricitárias são também pontos importantes para as negociações com a Cemig.  Cobramos que a empresa coíba, acolha e resolva as inúmeras denúncias de assédios no ambiente de trabalho.

De que forma? Nossa pauta propõe a política mais adequada para combater e tratar as queixas. Conforme a reivindicação, as empresas do grupo Cemig instituirão ferramentas eficazes para combater e coibir o assédio moral, o assédio sexual e toda forma de discriminação. Algumas atitudes a ser tomadas serão: A  criação de um canal de denúncia, de forma a possibilitar o anonimato; a notificação ao Sindicato imediatamente após a denúncia para conhecimento e participação na apuração; a investigação e tratamento de todos os casos denunciados em um prazo de 30 dias, com retorno ao denunciante.

Além disso, a Cemig deve apurar as notificações do Sindieletro, com retorno formal sobre a denúncia em 30 dias. No caso de identificação do denunciante e, se for de seu interesse, a Cemig o encaminhará ao serviço de saúde e assistência social.

Conceito

Mas o que é assédio moral? A médica ginecologista Margarida Barreto, uma das maiores especialista no tema, autora de estudos e  do livro Violência, saúde, trabalho - uma jornada de humilhações,   esclarece: “O assédio moral pode ser definido como a exposição de trabalhadores a situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes, no exercício de sua função, de forma repetitiva e prolongada ao longo da jornada de trabalho. É uma atitude desumana, violenta e sem ética nas relações de trabalho”.

Cemig não trata adequadamente as denúncias

A psicóloga e assessora da Secretaria de Saúde do Trabalhador do Sindieletro, Julie Amaral, afirma que é obrigação do grupo Cemig tratar as práticas de assédio desde a prevenção até o tratamento. Julie faz uma crítica: a empresa não tem tratado adequadamente as denúncias de casos. São trabalhadores que comunicam ao Sindicato e à Cemig, anonimamente ou identificando-se.  Porém, a empresa não responde a nenhuma das denúncias.

Julie lembra que os impactos para quem é vítima são muito sérios e preocupantes. Os assédios oferecem risco potencial de adoecimento mental, como a ocorrência de depressão e transtorno de ansiedade. O adoecimento da categoria eletricitária reforça a necessidade de uma política firme e forte de combate aos assédios, e a adoção desta política é um importante ponto da pauta de reivindicações da categoria.

 

 

 

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