Por que você não deve trocar o PSI por outro plano? Confira o comparativo do Sindieletro



Por que você não deve trocar o PSI por outro plano? Confira o comparativo do Sindieletro

Com o assédio da Cemig para a migração dos participantes da Cemig Saúde para os novos planos, o Sindieletro traz uma comparação entre o PSI, o plano atual, e os novos planos que estão sendo oferecidos para a categoria. Essas são algumas das inúmeras razões pelas quais você não deve migrar de plano. A Cemig não pode te obrigar. Não se deixe enganar! Se esses planos fossem bons para você, a gestão Zema não estaria tão empenhada em te oferecer. Lembre-se: o governo e os atuais gestores da Cemig passarão, mas você e a Cemig Saúde irão continuar. A longevidade da Cemig Saúde vai depender das atitudes que forem tomadas neste momento.

Confira:

 

PSI:

NOVOS PLANOS:

ASPECTOS FINANCEIROS:

Os reajustes nas mensalidades do PSI para os beneficiários são anuais e pelo INPC. Em casos excepcionais, são concedidos aumentos para além da inflação. O último aumento nesse formato foi em 2016. Desta data até o momento todos os reajustes para os beneficiários foram baseados no INPC.

Nos poucos estudos apresentados pela Cemig Saúde sobre os novos planos, é indicado um reajuste anual de, no mínimo, 5,5% acima da inflação. Ou seja: você vai ter suas mensalidades reajustadas acima da inflação todos anos. Os reajustes do INSS na sua aposentadoria, quando vão bem, são feitos pela inflação.

Você paga o PSI proporcionalmente à sua renda, somados os valores do INSS e Forluz, e tem um teto máximo garantido em regulamento que limita o valor das mensalidades. Dessa forma, os valores são adequados às condições de renda de cada pessoa, dentro de suas limitações.

Nos novos planos, os valores pagos são por pessoa e independem da renda dos beneficiários. Isso significa que não importa a queda de sua renda por conta da diminuição do saldo da Forluz ou por outros fatores, como reposição abaixo da inflação sobre as aposentadorias do INSS. A tendência é que os valores pagos aos novos planos sempre aumentem, sempre acima do INPC.

O PSI oferece o reembolso de medicamentos no valor de R$3.571,02. Em caso de doenças crônicas, há um teto adicional de R$2.605,74. É um alívio nos custos dos tratamentos de saúde de toda a família em momentos como estes, em que os salários estão cada vez piores.

Nos novos planos, fala-se em descontos em farmácias para encobrir o fato de que não há reembolso de medicamentos. É uma mudança que fará muita diferença na vida de muitas pessoas, principalmente os aposentados.

SEGURANÇA

O PSI tem um forte instrumento de segurança: o Acordo Coletivo Específico de 2010, que criou a Cemig Saúde e regulamenta vários direitos dos beneficiários. Neste, de um lado estão as entidades representativas e do outro as patrocinadoras, equilibrando a correlação de forças. Dessa maneira, são evitados os abusos e asseguramos direitos. Além disso, é um instrumento coletivo, com segurança jurídica reconhecida.

Não há Acordo Coletivo que regulamente esses planos. O máximo que o beneficiário terá é um documento individual entre ele e a Cemig Saúde.  Ou seja: vocês estarão submetidos às vontades perversas da Cemig, que o colocarão numa situação extremamente fragilizada em relação à operadora e às patrocinadoras. As entidades representativas não farão parte dessa relação.

O PSI tem seu regulamento publicado no site da Cemig Saúde, e todos podem acessar todas as informações em relação ao plano. Não há dúvidas sobre os direitos ali assegurados.

Os novos planos não tiveram seus regulamentos publicados. É este documento que traz todas as informações para os beneficiários. Em vez disso, é distribuída uma cartilha que diz muito pouco sobre os planos. Destacam algumas questões de interesse dos propagandistas e fazem afirmações genéricas; escondem as desvantagens para quem deixar o PSI e se aventurar nessa migração incerta.

SUSTENTABILIDADE DA CEMIG SAÚDE:

O PSI possui formato de mutualidade. Os beneficiários são solidários uns com os outros, cada na um na medida de sua capacidade econômica, depositando recursos em um mesmo fundo que se traduz em benefícios coletivos para todos.

 

O PSI ainda tem, por outro lado, os recursos vindos das patrocinadoras, que são garantidoras de parte significativa da responsabilidade financeira. Essas empresas, principalmente a Cemig, ocupam um espaço sólido no mercado e, por isso, proporcionam mais segurança em relação aos recursos financeiros que dão estabilidade econômica à Cemig Saúde. Em momentos de oscilação na economia nacional, os custos negativos são absorvidos em parte por essas patrocinadoras, o que impede que todo o ônus recaia sobre os beneficiários.

Os novos planos vão depender unicamente dos recursos financeiros dos seus beneficiários. É muito preocupante, pois em casos de crise como a que estamos vivendo atualmente, com salários desvalorizados, inflação alta e desemprego, muitas pessoas não conseguem arcar com os custos de seus planos de saúde e acabam por se tornarem inadimplentes e serem excluídos.

 

O resultado é a instabilidade e a insegurança, o que pode ferir de morte a Cemig Saúde. Sem as garantias da parcela oriunda das patrocinadoras, todos os reflexos negativos como o aumento e o desequilíbrio nas contas serão jogados para os beneficiários, que têm capacidade econômica infinitamente inferior à das grandes empresas. Dessa maneira, a sustentabilidade da Cemig Saúde é  incerta.

E QUANTO AOS ATIVOS, O QUE ESTÁ POR TRÁS

 DA PROPAGANDA DA CEMIG DE GRATUIDADE?

Hoje os ativos têm acesso a um plano de qualidade: nacional, com reembolso de medicamentos, rede ampla E garantia de acesso a muitos procedimentos para além do rol da ANS. Por participarem do custeio do plano, terão o direito de continuar nele quando se aposentarem. Possuem acesso ao FCAS, programa que reembolsa despesas importantes como fraldas geriátricas, alimentação especial para acamados, aparelhos auditivos, dentre outros.

Nos novos produtos, o plano é estadual. Fora de Minas Gerais, o plano só poderá ser usado em caso de urgência e emergência – fora desta condição, o beneficiário terá que arcar com os custos. Falam em alguns procedimentos para além do rol da ANS, mas não citam quais e quantos são. Não tem FCAS. Não tem reembolso de medicamentos. E como o beneficiário não participa do custeio, não terá o direito de continuar no plano quando se aposentar. O que a Cemig diz que é gratuito na realidade é muito caro.

 

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