Por que é urgente avançar na pauta financeira e de condições de trabalho?



Por que é urgente avançar na pauta financeira e de condições de trabalho?

Na reunião do último dia 7, a direção do Sindieletro cobrou novamente resposta para a pauta da nossa Negociação Coletiva.  Reivindicamos, sobretudo, um retorno urgente sobre a verba de R$ 37 milhões que é essencial para recompor a remuneração dos eletricitários que ficaram sem PLR em 2017.

A técnica de Uberlândia, Patrícia Guimarães, resume a ansiedade da categoria em relação à reivindicação deste abono. “A gente ouve que a empresa está com dinheiro reservado, mas ele não vem. Todos nós contamos com o abono, mesmo que ele venha em valor menor do que eram as PLRs de outros anos, para regularizar as contas e começar o ano sem tantas dívidas”, diz.

A trabalhadora reconhece que o dinheiro (abono) não fará “aquele verão” que a PLR fazia antes, mas, mesmo assim, ajuda nas despesas de início de ano. “Estamos acreditando e cobrando a confirmação do pagamento porque o atendimento dessa pauta vai motivar muito a equipe”, avalia.

O técnico em planejamento operativo da Distribuição,  Alex Fabiano Pereira de Amorim, destaca a importância da efetiva negociação da pauta financeira. “Em função da estratégia usada pela empresa até cinco anos atrás, de valorizar a PLR e deixar de recompor os salários, a nossa categoria só vem perdendo. Este ano não tivemos PLR. Sem aumento real e sem PLR para equilibrar, sentimos que o poder de compra dos nossos salários caiu muito”, avalia o trabalhador da Região Norte.

Assédio moral, um sofrimento silencioso

O eletricitário Luiz Sérgio, que por três décadas atuou como técnico de Manutenção da Transmissão nas subestações em Barbacena e região, foi vítima de um processo autoritário de readaptação funcional após o infarto agudo que sofreu em 2013. Sua história comprova graves problemas no ambiente de trabalho dentro da Cemig.

Um ano depois de ser afastado da área de risco e de ter um desentendimento com o supervisor por divergência na avaliação desempenho, o trabalhador teve o adicional de periculosidade, que na Cemig sempre é cortado em 36 vezes, suspenso de uma só vez. O técnico conta que após a discussão, pela primeira vez, em 31 anos de Cemig, teve medo de ser

 “Às vezes esta questão do assédio fica abstrata dentro da Cemig até a gente sentir o problema na pele. Tem muitos eletricitários sendo penalizados por questionar alguma medida autoritária dos chefes”, alerta.

O trabalhador, que sofreu grandes perdas financeiras, teve que fazer tratamento psiquiátrico e hoje se sente subutilizado dentro da Cemig. “Passei por tudo isso sem nenhum apoio da assistência social da empresa, que teve atuação que eu considero apenas burocrática. Hoje considero essa pauta do combate ao assédio muito importante”, destaca Luiz Sérgio.

Cobranças vão continuar!

A luta em defesa de uma PLR justa e pela retomada da nossa Negociação Coletiva segue firme.


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