Policiais civis ocupam a ALMG pela aprovação da Lei Orgânica



Policiais civis ocupam a ALMG pela aprovação da Lei Orgânica

A ocupação da Assembleia deve ser mantida até que os deputados apreciem o projeto de lei que regulamenta as atividades e o plano de carreiras da categoria

Em greve há quase dois meses, policiais civis ocuparam a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nessa quarta-feira (7) reivindicando a aprovação da Lei Orgânica da categoria em tramitação na casa. Cerca de 40 servidores acamparam na sede do Legislativo e conversaram com alguns parlamentares, inclusive com o presidente, Dinis Pinheiro (PSDB).

Segundo o presidente do Sindicato dos Policias Civis de Minas Gerais (Sindpol-MG), Denílson Martins, a demora na aprovação da nova Lei Orgânica pode impactar na segurança pública durante a Copa do Mundo. Isso porquê falta menos de um ano para a realização do evento esportivo e, segundo o sindicalista, são necessários entre seis e oito meses para a formação de um policial civil, além do um período para lançamento do edital e realização do concurso público.

Denílson cobrou ainda o cumprimento de compromissos firmados durante uma reunião com a presença de deputados, do secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz, e do chefe da Polícia Civil, Cylton Brandão em 7 de julho. "Houve a promessa de abertura de concurso para a contratação de 1.600 novos policiais, a imediata convocação dos aprovados na última seleção e o início da tramitação da Lei Orgânica, mas nada disso foi cumprido até agora. Estou sentindo a indignação, a impaciência e a intolerância da categoria", afirmou.

Ainda conforme o presidente do Sindpol, os policiais continuarão ocupando a Assembleia até que seja votada a Lei Orgânica. "Na próxima quarta-feira, haverá uma Assembleia Geral da categoria aqui na Praça da Assembleia e a expectativa é de que venham cerca de dois mil policiais do interior do Estado. Há risco de ocupação do plenário porque a base tem nos cobrado muito isso", completou.

Em resposta, a assessoria da ALMG que o projeto permanece aguardando parecer na Comissão de Administração Pública e ainda não há previsão de quando será apreciado em plenário. Já o presidente da ALMG, Dinis Pinheiro, não foi encontrado para comentar a reunião com os manifestantes.

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