Polícia quer mandar manifestante que exibiu faixa ‘Bolsonaro Genocida’ para Papuda



Polícia quer mandar manifestante que exibiu faixa ‘Bolsonaro Genocida’ para Papuda

Momentos depois de ser liberado pela Polícia Federal na tarde da quinta-feira (18), o ativista Rodrigo Pilha recebeu nova voz de prisão. Criador do canal Botando Pilha, no YouTube, o militante estava entre os cinco detidos hoje por protestar na Esplanada dos Ministérios portando faixa com os dizeres “Bolsonaro Genocida”. E segundo informações que voltaram a circular em redes sociais, no início da noite, Rodrigo Pilha já estava fora do prédio da Superintendência da PF, na rua, quando voltou a ser abordado. O delegado teria ordenado um novo pedido de prisão alegando um processo por desacato, de 2014.

De acordo com essas informações, haveria uma condenação de 2018 para a qual o ativista não teria sido notificado para se defender. O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) postou um vídeo no Twitter denunciando a situação. “Estão mantendo Rodrigo Pilha preso e tem uma informação de que estão tentando levá-lo para a Papuda (presídio da região do Entorno do DF)”, diz o deputado. “A gente reafirma: Bolsonaro é um genocida. E com perseguição. Pegaram uma acusação contra o Pilha de 2014, por desacato. Ele nem sabia da execução, então não teve direito a defesa”, explica Glauber.

De acordo com o parlamentar, o episódio está sendo utilizado apenas como justificativa para mantê-lo preso. “É pura perseguição política. É fundamental a gente ampliar a pressão contra essa arbitrariedade e ter solidariedade com um companheiro que disso aquilo que não pode ser sufocado. Que este governo é um governo genocida.”

O deputado Alencar Santana (PT-SP), que esteve durante à tarde com os militantes presos na PF, informou que a condenação de Pilha teve como pena medidas restritivas. “Ele alterou o endereço e não avisou à Justiça”, explicou o deputado à coluna de Chico Alves, no UOL. “Provavelmente o juiz fez alguma intimação e, ao não encontrá-lo, decidiu pela restrição de liberdade”, disse o parlamentar. “A pena dele por desacato é irrisória, sete meses, não há porque ficar preso”, acredita o parlamentar, que também é advogado. Rodrigo Pilha seguirá preso na PF e amanhã prosseguem as ações para liberá-lo.

Fonte: Rede Brasil Atual

item-0
item-1
item-2
item-3