PLR: Postura dos negociadores da Cemig beira a deboche



PLR: Postura dos negociadores da Cemig beira a deboche

Daqui pra frente tem que ser na base da mobilização!

Na terça-feira, 31, a direção da Cemig apresentou uma proposta para a celebração do ACE da PLR-2018 praticamente idêntica à que tentou passar na reunião do dia 6 de outubro e que já havia sido rejeitada pelas entidades na mesa de negociação.

Os disparates como a falta de transparência na apuração dos indicadores, a divisão 50% linear e 50% proporcional e a falta de valor mínimo a ser distribuído, por exemplo, continuam.
A empresa defende que os trabalhadores cumpram metas vinculadas ao lucro, mas sem divulgar com antecedência o valor estimado que será usado como base.

Apesar do obscurantismo em torno das previsões do lucro, a empresa ainda tem a “cara de pau” de propor a retirada dos valores de indenização das usinas leiloadas do cálculo do lucro líquido a ser distribuído.

E vale lembrar: Essa regra só vale para os eletricitários na hora de calcular o montante da PLR, já que para os dividendos dos acionistas, cada vintém da indenização das usinas será contabilizado.

No meio de enormes incertezas, os negociadores da empresa tentaram vender como avanço a proposta de acréscimo de 20% do valor do lucro que ultrapassar o previsto no orçamento, podendo o montante total alcançar o limite máximo de 7,5% do Lucro Líquido Consolidado. “O problema é que, pela proposta, o lucro previsto é sigiloso, logo, não tem como correr atrás deste percentual extra”, alerta o diretor do Sindicato, Emerson Andrada.

Vantagens só para chefias

 Novamente, a lógica da PLR é aquela que já conhecemos no ACT, sempre com o deslocamento do fardo para os trabalhadores. 

Exemplo é a insistência no tal Fator de Reconhecimento (FR), que favorece os maiores salários para que sempre tenham um valor de PLR maior, recusando a proposta do
Sindieletro que prevê:

• Cálculo do montante (4%) sobre o Lajida; • Garantia de valor mínimo a ser distribuído; PLR 100% linear; • Diminuição do número de indicadores;
• Divulgação antecipada das metas e transparência para que os trabalhadores (as) possam acompanhar os resultados.

“Esse termo ‘fator de reconhecimento’ é duplamente agressivo para o trabalhador, uma vez que lhe impõe perda financeira na PLR e sinaliza que, para a direção da Cemig, só os altos salários têm valor e merecem reconhecimento”, analisa Emerson.

PLR 2017

No fim de setembro a empresa informou que não iria mais negociar a PLR 2017, mas, sim, fazer o pagamento através de um “bônus”, também vinculado ao cumprimento de metas.
Na reunião, os negociadores informaram que a empresa ainda não tem um posicionamento consolidado sobre o assunto, mas que o tema deve ser abordado nos próximos encontros.
Nesse caso, o Sindieletro reafirma a proposta aprovada pelos trabalhadores em assembleias: 4% do Lajida, montante mínimo garantido e distribuição 100% linear.

 

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