Iniciamos, na manhã de quarta-feira (14), as assembleias para reavaliação da proposta da Cemig para celebração do Acordo Coletivo de PLR 2022. Vale lembrar que a proposta que está sendo avaliada agora é a mesma proposta que foi apresentada pela Cemig na data de 28 de janeiro de 2022, conforme correspondência Cemig GP/RP-00072/2022.
Quando apresentada no início do ano, a proposta foi amplamente rejeitada pela categoria, não por intransigência, como tem se posicionado a gestão Zema na Cemig, mas por elementos impostos na proposta que não atendem à filosofia da PLR.
O Sindieletro tentou inúmeras vezes, durante o ano de 2022, a reabertura do diálogo com a direção da empresa, com o propósito de construir uma solução mais justa para a distribuição da PLR. No entanto, o modelo “pegar ou largar” que a empresa tentar impor não é uma negociação de verdade. Simula-se uma negociação para transformar uma divisão da parcela da riqueza adquirida com o empenho de todos – o conceito de PLR em si – em uma espécie de bonificação a ser estabelecida pelos critérios das gerências.
Estamos dentro do prazo legal para fechamento do Acordo Coletivo Específico de Participação nos Lucros e Resultados. Diante da intransigência da empresa e da percepção do Sindieletro de que grande parte das metas foram atingidas, além do incômodo da categoria com o silêncio ensurdecedor da empresa, estamos retomando o diálogo com a categoria pela avaliação da proposta rejeitada em fevereiro.
Cabe lembrar que, embora a empresa afirme que a maioria das metas foram atingidas, a falta de transparência da gestão nos impede de avaliar gerência a gerência, de modo que não podemos garantir a todos e a todas que as metas de sua gerência serão alcançadas.
O Sindieletro tem recebido, sobretudo no último mês, diversas manifestações da categoria nos questionando sobre as possibilidades de avanço na proposta já colocada em mesa sobre a PLR 2022, ou mesmo sobre a possibilidade de adesão à proposta já rejeitada. Vários apontamentos sobre o empobrecimento da categoria e as dificuldades financeiras pós pandemia balizam essa posição. Recebemos também a manifestação de diversas companheiras e companheiros que acreditam que a conversão desta importante conquista da categoria em mero instrumento de gestão e de coerção deve ser, sem nenhuma dúvida, rejeitada.
Assim, para evitar uma divisão da categoria sobre um assunto tão importante, e às vésperas de um ano onde a luta pelo plano de saúde, por um ACT justo e equilibrado e pela preservação da Cemig como empresa pública será intensificada, viemos para a base para perguntar, em assembleias, qual é o melhor caminho a ser seguido.
Com todo esse cenário é importante destacar que, mesmo com as novas informações sobre os indicadores gerenciais, a proposta ainda é muito ruim. A perversidade da proposta não está na quantidade de dinheiro que a categoria receberá ou não; está na transferência para a gestão da empresa de todas as prerrogativas do acordo, cabendo à gestão Zema, por meio de seus diretores, superintendentes e gerentes, definir se receberemos ou não a PLR.
De fato, como atesta o informativo da Cemig, a empresa não nos garantiu a aceitação da adesão a essa proposta neste momento. Porém, caso seja aprovada pela categoria, estamos dentro do prazo legal e não há motivos para a direção da Cemig afirmar que não pagará.
Vale lembrar que os ataques da gestão Zema na Cemig aos trabalhadores são conceituais e ideológicos. Quem não lembra dos vídeos do governador tentando prejudicar a imagem dos trabalhadores e trabalhadoras da Cemig perante a sociedade? Fomos nós, trabalhadores da Cemig, que denunciamos o processo de corrupção instaurado por essa gestão, o que resultou na CPI da Cemig. Continuaremos sendo resistência à política de retirada de direitos.
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Cemig: esse “trem” é nosso!