Plano de saúde da Copasa “fulmina” aposentados com reajuste



Plano de saúde da Copasa “fulmina” aposentados com reajuste

Apesar de termos uma inflação oficial de 6,5%, acumulada em um ano, a Copass Saúde reajustou, a partir de 1º de janeiro, os preços dos seus planos com taxas bem mais elevadas, trazendo preocupação, sobretudo para o grupo de “assistidos”. Principalmente os aposentados, que participam do Plano para Assistidos, estão sendo muito penalizados, caminhando para não aguentarem pagar as mensalidades e serem excluídos.

Depois de ter as contribuições reajustadas em 28,96% no ano passado, o grupo de «assistidos», agora, foi fulminado com outro reajuste extraordinário, de 15,7%.

Este grupo de «assistidos» não pode ser tratado desta forma pela imposição da Copasa de reajustes muito maiores, pois não pode ser responsabilizado pelos efeitos do PDVI, que forçaram os reajustes escandalosos na Copass Saúde. Este grupo pagava pouco mais de R$ 100,00 e agora já paga mais de R$ 300,00, além da co-participação nos exames e outros serviços, inviabilizando em pouco tempo a permanência na Copass Saúde.

Os reajustes foram diferenciados: 10,2% nas contribuições para o Plano Copass Completo Ativos (plano coletivo patrocinado); 15,7% no Plano Copass Completo para Assistidos (sem patrocínio); 13,9% no Plano Copass Completo para Dependentes Especiais (sem patrocínio); 9,83% no Plano Copass Ambulatorial (plano empresarial com patrocínio); 16,3% no Plano Copass Odontológico Pleno (empresarial com patrocínio); e 9,83% no Plano Copass Odonto Básico (empresarial com patrocínio).

Definitivamente, não cabe aqui desconsiderar os preços subsidiados dos planos da Copass Saúde, sobretudo em comparação com preços praticados no mercado privado de saúde. Devemos, no entanto, considerar que a desproporção dos reajustes em relação à inflação acumulada e aos reajustes salariais vai criando um descompasso de risco ao longo do tempo, minando as condições construídas nas negociações para o patrocínio do benefício pela empresa. Essa situação é ainda mais grave para trabalhadores aposentados, que tiveram agora em janeiro um reajuste de 6,58% em suas aposentadorias, enquanto seu plano de saúde como assistidos deu um salto de 15,7%, muito mais que o dobro, após os 28,96% do ano anterior.

Apesar de termos valores suportáveis hoje para que banquemos nossos planos de saúde, a capacidade de mantê-los vai sendo depreciada a conta-gotas. Por isso, o Sindicato tentou de todas as formas negociar a elevação do patrocínio da Copasa de 75% para, pelo menos, 80% do custo saúde, para não sobrecarregar principalmente os trabalhadores de menores salários. Sobre as dificuldades dos aposentados, chegamos a discutir a criação de um fundo de contribuição entre os ativos, para minimizar os custos durante a aposentadoria, como uma caixinha para um momento em que todos chegaremos quando completarmos nossa jornada no trabalho.

Fonte: Sindágua/MG

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