Petroleiros e petroleiras do Paraná realizam nestas quinta-feira (14) e sexta-feira (15) atos contra a privatização na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e na Unidade de Industrialização do Xisto (SIX).
Os protestos fazem parte da agenda nacional de luta contra a venda de unidades do Sistema Petrobras e o avanço da terceirização irrestrita na empresa, que vem mobilizando a categoria ao longo dos últimos meses. O objetivo é chamar atenção para a importância da Petrobras para o desenvolvimento social e econômico do Brasil e denunciar os impactos do desmonte e das terceirizações de atividades-fim da companhia.
As mobilizações foram convocadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pelo Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR/SC), com participação de representantes de movimentos sociais, de outras categorias e da CUT Paraná.
O primeiro ato foi realizado nesta quinta-feira, a partir das 7h, na Repar-PR, em Araucária.
Na sexta, 15, a manifestação será na Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, também no inicio do expediente.
Patrimônio público brasileiro, a Petrobras é vital para o desenvolvimento nacional e a economia do país, mas o governo Bolsonaro vem desmontando e privatizando a empresa aos pedaços. Com o objetivo de denunciar e barrar a venda das refinarias e dos demais ativos que estão sendo entregues, os petroleiros têm realizado atos pelo país afora, denunciando também a terceirização de atividades essenciais, que avança em várias unidades da estatal.
AS manifestações já foram realizadas na Refap (RS), na Reman (AM), na Refinaria Abreu e Lima (PE), na Replan (SP), na Recap (SP), na Regap (MG), em Mossoró (RN), na Rlam (BA) e na Reduc (RJ). No dia 29 de outubro, está previsto também um ato no COMPERJ, em Itaboraí (RJ).
O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, chama a atenção para a importância da categoria seguir denunciando a perda da função social da Petrobrás, que gera lucro recorde para os acionistas, às custas das privatizações e de uma política de reajuste dos derivados que impõe preços em dólar e com custos de importação para combustíveis produzidos com petróleo nacional, enquanto a população é obrigada a pagar até R$ 130,00 pelo botijão de gás de cozinha e cerca de R$ 7,00 pelo litro da gasolina.
Deyvid Bacelar também alerta para o ataques que os trabalhadores vêm efrentando, com a redução dos efetivos aos patamares do início dos anos 2000. "Não satisfeita em garantir lucros altos apenas para os acionistas da companhia e esquecer o papel social da Petrobras, a gestão da empresa continua a reduzir a quantidade de trabalhadores próprios e terceirizados. O resultado é a queda da massa salarial, da renda e também dos empregos, em um país com 15 milhões de desempregados", afirma.
Na convocatória para os atos desta quinta e sexta, o Sindipetro PR e SC alerta que, apesar das refinarias Presidente Getúlio Vargas (Repar-PR), Abreu e Lima (RNEST-PE) e Alberto Pasqualini (Refap-RS) terem o primeiro processo de venda fracassado, elas seguem na lista para privatização.
"Precisamos pressionar governo Bolsonaro para que ele abandone a política de entrega do patrimônio dos brasileiros. Para que assim, façamos a Petrobras voltar a cuidar dos interesses do povo. Incentivando e garantindo o desenvolvimento social e econômico de todas as regiões do Brasil", destaca a nota do sindicato.
Fonte: CUT Brasil