Na manhã do domingo (20), os trabalhadores e as trabalhadoras da Refinaria de Duque de Caxias (REDUC) amanheceram em luto pela morte de mais um companheiro que, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), foi “vítima do descaso da gestão da refinaria com as condições de segurança no trabalho”.
Em protesto contra a morte do caldeireiro José Arnaldo de Amorim, a direção do Sindicato dos Petroleiros de Caxias (Sindipetro Caxias) realizou dois atos com os trabalhadores de turno da REDUC, um na manhã de domingo e outro nesta segunda-feira (21).
O sindicato pede a suspensão de todas as permissões de trabalho, além de todos os serviços da parada de manutenção, até que sejam apurados os fatos.
Em agosto, já eram dez os mortos na Repar
Em Setembro, trabalhador morreu durante manutenção de equipamento na Refinaria Abreu e Lima
Também na manhã da segunda, um grupo de petroleiros protestou contra o que chamam de “extermínio dos trabalhadores” rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. A circulação no local completamente fechada nos dois sentidos, como mostra vídeo postado no perfil de Fabiano Trompetista, do Instagram.
Trabalhador terceirizado
José Arnaldo de Amorim era empregado da empresa C3, e na hora do acidente encontrava-se em local confinado, na U-4500, vaso 7.
O Sindipetro Caxias está apurando as informações sobre o ocorrido e dando assistência à família.
Outro lado
Segundo a Petrobras, o trabalhador se acidentou durante atividade de manutenção de um equipamento da Reduc. Ainda de acordo com a empresa, o homem recebeu atendimento médico imediatamente e chegou a ser levado para atendimento externo, mas não resistiu e morreu.
“A Petrobras está em contato com a empresa C3, para prestar todo apoio à família do colaborador neste momento difícil. A companhia acompanhará o caso junto à empresa contratada e formou uma comissão para investigação que permita esclarecer as circunstâncias da ocorrência. As autoridades competentes foram comunicadas”, informou a Petrobras, por meio de nota.
Fonte: CUT Brasil, com apoio da FUP e da Agência Brasil