Os trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR) decidiram entrar em greve sanitária a partir da segunda-feira (12). A aprovação do movimento foi feita após votação na última das quatro sessões de assembleia dos petroleiros. Foram 56% votos a favor, 34% contrários e 10% de abstenções.
A decisão pela greve foi tomada na noite da quinta-feira (08), em decorrência da atuação dos gestores da Petrobras que, segundo os petroleiros, desprezam a vida dos trabalhadores e insistem em realizar a parada da refinaria. Este procedimento industrial, previsto para começar também no dia 12, adicionaria mais dois mil empregados na rotina da Repar e causaria aglomerações por todos os cantos do parque industrial, situação propícia para o surgimento de um foco de contaminação em massa da covid-19.
O sindicato chegou a denunciar junto aos órgãos oficiais, como as secretarias de saúde municipal de Araucária e do Paraná, Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público do Trabalho (MPT-PR), as aglomerações na empresa durante a pandemia.
Já foram registradas três mortes de trabalhadores terceirizados na refinaria pela doença e a gestão sequer comunicou os demais empregados. Diante de tamanha negligência com a segurança e de tantas tentativas por parte do sindicato dos petroleiros em negociar uma solução recusada pela empresa, não restou outro caminho a não ser a paralisação total das atividades.
A luta é pela suspensão por tempo indeterminado da parada de manutenção da unidade mediante o cenário de grave crise sanitária gerada pela pandemia do coronavírus.
Fonte: CUT