Há algum tempo o Sindieletro tem conversado e debatido com os eletricitários do Centro de Operação da Distribuição (COD) sobre as péssimas condições de trabalho no local. E o que ouvimos de diversas pessoas é estarrecedor: casos rotineiros de assédio moral, extrema pressão na atividade profissional, sobrecarga de trabalho, intimidações e o pior, muitos episódios que podem ser considerados como perseguição.
Os alvos parecem ser todosos operadores, mas as retaliações atingem principalmente aqueles que questionam procedimentos e situações absurdas na rotina de trabalho, além de eletricitários que possuem ações na Justiça contra a Cemig. Entre as práticas estão repreensões aos operadores por “abandono de posto de trabalho” até mesmo quando eles precisam beber água ou ir ao banheiro.
Também se tornaram alvos de tentativas de intimidação os trabalhadores do COD que passaram a compor a diretoria do Sindieletro. Para alguns eletricitários ouvidos, é notória a atenção das chefias sobre essas pessoas. Pelo jeito, querem tirar as lideranças do COD por meio de pressão e advertências por escrito.
A situação é muito grave e a rotina de perseguição e assédio, aliada ao trabalho sob extrema pressão, já causou o afastamento de diversos companheirospor problemas psicológicos.Por causa do clima péssimo, eletricitários alertam que a situação gera riscos, também, à saúde e segurança de terceiros e trabalhadores de campo, que dependem do bom funcionamento do COD para exercer as suas atividades.
Para o Sindieletro é inadmissível a postura da gestão da Cemig no caso. Recentemente, as denúncias foram tratadas com a direção da empresa, mas parece que não adiantou. A diretoria do Sindicato já analisa as medidas políticas e jurídicas cabíveis que adotará contra a gestão da empresa, incluindo a formalização de denúncia de assédio moral no Ministério Público do Trabalho.