Na reunião ocorrida na manhã da terça-feira, 24, entre representantes do Sindieletro, técnicos de projetos e integrantes do Comitê de Negociação Sindical da Cemig, o Sindicato e os trabalhadores da área deram um recado claro para a empresa. É urgente que a direção da Cemig retorne com o trabalho de campo dos mais de 170 técnicos de projeto, para impedir, imediatamente, os prejuízos que já são sentidos pela empresa, consumidores e trabalhadores.
O Sindieletro vai procurar ainda esta semana os técnicos de projeto para dar os informes da reunião e reforçar a luta pelo retorno do sistema de trabalho de campo para todos os trabalhadores que atuam com projeto.
Junto com dirigentes do Sindieletro, cinco técnicos de projeto participaram da reunião. Eles explicaram todo o processo de trabalho que realizam na Cemig e os impactos negativos para os trabalhadores, consumidores e empresa da restrição de acesso dos técnicos ao trabalho fora da empresa.
Próxima reunião
O Sindicato cobrou resposta imediata da Cemig para a principal reivindicação dos trabalhadores, ou seja, a volta do trabalho de campo. Os representantes da Cemig no Comitê de Negociação Sindical entenderam o recado e, em comum acordo com o Sindicato e os técnicos presentes, agendaram nova reunião para discutir o processo de trabalho da área para o próximo dia 31, terça–feira.
Primarização da área
Ficou também acordado que todo o processo de trabalho dos técnicos de projeto será discutido na temática da primarização. Para o Sindieletro, cerca de 170 técnicos de projeto é um número pequeno para tantas demandas na área e que, pela característica das atividades, essenciais para a Cemig, o setor deve ser primarizado. O Sindicato defende a contratação de mais técnicos para o quadro próprio.
O caso
Em novembro de 2014, a diretoria da empresa da era do choque de gestão no governo de Minas decidiram proibir a ida a campo da maioria dos técnicos, determinando que apenas 25 trabalhadores façam os trabalhos fora da empresa. Foi uma decisão arbitrária que não considerou as conseqüências para a própria Cemig, os trabalhadores e consumidores.
Entre as muitas conseqüências, a empresa praticamente terceirizou todo o setor, que é estratégico para a Cemig, perdeu ainda mais o controle do processo de trabalho, aumentou o retrabalho e os erros em procedimentos de elaboração e execução de projetos, com prejuízos financeiros para a empresa. Além disso, potencializou ainda mais os riscos de acidente e doença do trabalho e ampliou a precarização da fiscalização.