PDVP: Com urgência para contratar, Cemig prefere demitir



PDVP: Com urgência para contratar, Cemig prefere demitir

A diretoria da Cemig lançou, na semana passada, mais um Programa de Desligamento Voluntário Programado (PDVP), com vigência de 18 de abril a 31 de maio. A intenção, infelizmente, é a de sempre: a redução drástica de pessoal, na contramão de uma das necessidades mais urgentes da estatal, a primarização.

Lamentavelmente, não vemos nenhum esforço da empresa em realizar ou convocar os aprovados em concurso público, promover a seleção interna ou construir um novo PCR, como forma de valorizar a política de crescimento profissional dos eletricitários e garantir um quadro próprio de qualidade. Quer exemplo mais emblemático da ineficiente e equivocada política de RH da empresa do que o famigerado Banco de Oportunidades? Lançado há cerca de um ano, mas que nunca deu oportunidades a ninguém.

O coordenador Geral do Sindieletro, Jefferson Silva, lamenta que a direção da Cemig mostra, com esse plano, qual é a verdadeira intenção da empresa. “Diante de um quadro geral com inúmeras denúncias de sucateamento, queda na qualidade dos serviços e dos abomináveis acidentes fatais e com mutilações, a Cemig deixa de lado a primarização para abrir as portas da rua para a categoria”, critica.

Sobre o atual PDVP, Jefferson orienta aos eletricitários que não se precipitem. “Antes de tomar qualquer decisão, cada trabalhador (a) deve pensar nas as vantagens e desvantagens de aderir ao plano, considerando, por exemplo, a Cemig Saúde e a Forluz, observar se já possui tempo para aposentadoria ou se enxerga perspectivas concretas de conseguir um emprego melhor”, avalia. “O PDVP da Cemig estabelece que podem aderir os trabalhadores com 25 anos ou mais de empresa, mas não há vantagens adicionais além das estabelecidas na CLT”, completa.

O Sindieletro lembra que todo cuidado é pouco: Entenda as regras do PDVP e pense se os benefícios oferecidos serão vantajosos no presente e no futuro antes de se decidir. E não aceite pressão, chantagens, coação ou ameaças dos chefes. Se isso ocorrer, denuncie ao Sindieletro. Exerça o seu direito de dizer não. A norma do Programa é clara: adere quem quiser.

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