Na reunião sobre o novo Plano de Cargos e Carreiras (PCR), realizada na última quarta-feira (27), o Sindieletro cobrou a necessidade de democratizar o acesso às informações, a autogestão das carreiras e a transparência, requisitos básicos para se discutir a estrutura do PCR.
O diretor do Sindieletro, Jair Pereira, argumentou que a categoria não quer e não merece uma ferramenta que provoque injustiças e apadrinhamentos, que beneficie apenas alguns trabalhadores. Por isso é fundamental que o PCR não fique sob a tutela dos gerentes.
O também diretor Lucimar Lizandro lembrou que a maioria dos trabalhadores que entraram no último concurso já saíram da empresa, porque o atual PCR não consegue reter talentos. Os eletricitários se sentem desrespeitados e sem oportunidades de crescimento nas carreiras. Lucimar questionou se conseguiremos “construir um novo plano que atenda os anseios da categoria”.
Lúcio Parrela, diretor do Sindicato na Regional Norte, afirmou que a paciência da categoria para ver os problemas resolvidos está no limite. “O momento é de apresentar propostas concretas”, ressaltou. Na mesma linha, Arcângelo Queiroz, diretor do Sindicato na Regional Metalúrgica, ponderou que não podemos mais acumular problemas, que a mesa de negociação tem que passar credibilidade para a categoria, fazer com que o RH da Cemig funcione.
O eletricitário José Marcos Lopes, de Divinópolis, afirmou que a avaliação de desempenho é utilizada pelos gerentes para beneficiar somente os apadrinhados. Na opinião dele, existem tantas distorções no PCR que há casos, por exemplo, de trabalhadores que estão recebendo abonos,porque tiveram vários enquadramentose promoções que o atual plano não tem como classificá-los, enquanto a maioria dos eletricitários, em 12 anos de funcionamento do PCR nunca foram beneficiados.
Na próxima reunião do PCR, ainda a ser marcada serão discutidos os conceitos de gestão de desempenho.