Execrado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro e seus seguidores, o nome do educador brasileiro é símbolo de educação em várias partes do mundo
A Pedagogia do Oprimido é o terceiro texto mais mais citado nas ciências sociais e humanas, segundo levantamento de Elliot Green, da Escola de Economia de Londres. Pela sua importância, a obra escrita durante o exílio, no Chile, há 50 anos, é considerada pela Unesco como patrimônio da humanidade.
A obra e seu autor, o educador brasileiro Paulo Freire, são reconhecidos no mundo inteiro, sendo ainda referência e objeto de estudo em diversas universidades.
No Brasil, porém, Freire tem sido execrado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e seus seguidores. Tanto que em seu programa de governo ele se compromete a "expurgar a pedagogia de Paulo Freire".
No seu entendimento, rendimento insatisfatório dos estudantes em avaliações internacionais nada têm a ver com a histórica desvalorização da educação, com escolas sucateadas, muitas vezes sem merenda e professores mal pagos, obrigados a lecionar em diversos estabelecimentos.
Tanto que ele não defende mais recursos para a educação. E pretende influenciar estados e municípios na adoção do ensino a distância inclusive para alunos do 5º ano em diante.
Mal sabe ele que escolas e universidades de diversos países se inspiram nas ideias do educador. Inclusive os Estados Unidos, tão reverenciado por Bolsonaro, que chega ao ponto de bater continência diante da bandeira norte-americana.
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